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Ana Dillon criou um projeto de oficinas de cinema em escolas públicas

A cineasta é responsável pelo projeto Imagens em Movimento, que ensina a sétima arte a alunos da rede pública

Por Thaís Meinicke
Atualizado em 5 dez 2016, 12h29 - Publicado em 26 dez 2014, 20h22

 

Até encontrar uma atividade que a satisfizesse profissionalmente, a carioca Ana Dillon, 31 anos, trilhou um longo caminho: passou pelos cursos de arquitetura, desenho industrial e design antes de descobrir o interesse pelo cinema. Depois de alguns trabalhos com edição de filmes, foi convidada pela Escola Parque, na Gávea, para dar aulas sobre a sétima arte para o ensino médio. A resposta positiva entusiasmou Ana a prosseguir na área pedagógica. Em 2009, ela partiu para um mestrado na França, onde conheceu uma iniciativa voltada para as escolas públicas do país, cujo objetivo era, através do contato com profissionais de cinema, fomentar a produção de filmes entre estudantes. Resolvida a desenvolver algo semelhante no Brasil, criou, em 2010, o projeto Imagens em Movimento. Desde a sua inauguração, já foram contemplados 445 jovens. O desafio, ressalte-se, é bem mais complexo do que o que ela observou na França, dada a realidade da escola pública brasileira. “Já tive vários alunos que nunca haviam ido ao cinema. Eles se emocionam muito ao ver seu trabalho na tela grande”, diz.

“Já tive alunos que nunca haviam ido ao cinema. Eles se emocionam muito”

Realizadas no horário extraclasse ao longo de todo o ano letivo, as oficinas são destinadas a crianças com idade, em média, entre 11 e 13 anos. Além de estudarem conceitos teóricos, os participantes aprendem a manusear os equipamentos e gravam seus próprios filmes, que são exibidos para todos no fim do ano em uma sala de cinema. Além disso, a cada ano, os responsáveis pelas melhores produções viajam para exibir suas criações na Cinemateca Francesa, em Paris. Apesar da boa recepção das oficinas nas escolas, Ana passa por uma insegurança constante em relação ao futuro do trabalho, já que os editais de cultura são configu­rados normalmente como projetos pontuais, e não como iniciativas que demandam continuidade. Mas ela garante que vale a pena. “Tenho certeza de que as experiências que compartilhamos nas aulas são transformadoras para esses jovens”, afirma.

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