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Alunos e professores no estado protestam por investimentos na educação

Em apoio à greve dos servidores da educação – contra o parcelamento e o atraso nos salários – alunos levantaram faixas, colocaram nariz de palhaço, organizaram discussões nas escolas e participaram de aulas públicas

Por Agência Brasil
Atualizado em 5 dez 2016, 11h26 - Publicado em 11 mar 2016, 14h45

Uma série de protestos foi organizada, nos últimos dias, por alunos da rede pública do Rio de Janeiro em frente a escolas ou no centro da capital. Em apoio à greve dos servidores da educação – contra o parcelamento e o atraso nos salários – alunos levantaram faixas, colocaram nariz de palhaço, organizaram discussões nas escolas e participaram de aulas públicas. Nesta sexta (11), eles fazem uma assembleia na Praça  Afonso Pena, na Tijuca.

Na quarta-feira (9), de maneira irreverente, no centro do Rio, vestidos de preto, os estudantes da Escola Técnica Estadual de Teatro Martins Penna apresentaram esquetes, com caixões, sobre a crise no Rio, contra a precariedade dos serviços públicos e a falta de investimentos que se arrastam há anos. Eles estão sem refeitório e sem vale-transporte para frequentar aulas.

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“Quer ler livro, acha que merece? Quer ir ao cinema, acha que merece? Quer ir ao teatro, acha que merece? O governador deu a cultura para a OS [organização social]”, diz um trecho da paródia com a música Baile de Favela, pedindo que o governo estadual “bote grana na escola” e criticando investimentos feitos por intermédio de organizações privadas.

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Em uma caminhada Ontem (10), transmitida ao vivo na internet, em Bonsucesso, na zona norte do Rio, professores e estudantes do Colégio Estadual Jornalista Tim Lopes também cobraram mais investimentos na educação do estado, que sofre uma crise, com queda na arrecadação. Eles pediram a saída do governador Luiz Fernando Pezão e da presidenta Dilma Rousseff.

Em Niterói, município da região metropolitana, o grêmio da Escola Técnica Henrique Lage organizou atividade aberta sobre o papel das greves na sociedade e frequentou aulas públicas na Praça XV, no centro do Rio. Os professores deram apoio e ainda levaram os estudantes para conhecer prédios públicos importantes, com explicações de um professor de história.

Desde o último dia 2, quando os servidores entraram em greve, protestos são feitos em municípios como Teresópolis, na região serrana, Duque de Caxias e Belford Roxo, na Baixada Fluminense, Cabo Frio, na Região dos Lagos, além de São Fidélis e Campos, no norte fluminense.

Para o Sindicato Estadual dos Profissionais em Educação no Rio de Janeiro, que tem acompanhado as manifestações, é importante o apoio à greve na rede de ensino – que chega a 70% da categoria. “Com certeza, imediatamente, alunos são os grandes prejudicados. Eles têm que ter algum protagonismo”, disse uma das diretoras da entidade, Maria Beatriz Lugão.

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A Secretaria de Educação, por outro lado, não concorda. Acredita que os grevistas estão colocando os estudantes em risco, ao “incitá-los a ir para as ruas reclamar dos problemas de infraestrutura”. Alegando proteger os estudantes, a pasta informou, em nota, que vai comunicar oficialmente ao Ministério Público e ao Conselho Tutelar que “alunos menores de idade estão não somente perdendo aulas, mas indo para as ruas e sendo expostos a perigos físicos”.

A secretaria diz que não há atraso no pagamento de salários e que o governo do estado alterou a data de pagamento de todos os servidores. Os profissionais, no entanto, alegam que com o adiamento, fica difícil pagar sem juros as contas que vencem nos primeiros dias do mês.

Nos cálculos da secretaria, apenas 3% dos servidores da educação aderiram à greve.

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