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446 Motivos para amar esta cidade

Na próxima terça, 1º de março, comemora-se o aniversário do Rio. Nossa homenagem à data se traduz em uma lista com as razões que fazem desta metrópole um lugar único no planeta. Foi difícil porque, como escolhemos apenas um item para cada ano de idade, muitas coisas boas ficaram de fora. Ao longo da reportagem, acrescentamos também dez problemas que precisam de solução urgente. Afinal, quem ama deseja sempre o melhor

Por Lula Branco Martins e Letícia Pimenta
Atualizado em 5 dez 2016, 16h15 - Publicado em 2 mar 2011, 16h06

1 A sétima maravilha

Inaugurado em 1931, o Cristo Redentor tornou-se o símbolo maior da cidade e uma das imagens mais conhecidas da capital. Fica a mais de 700 metros do nível do mar, tem 30 metros de altura e é revestido de pedra-sabão. Do alto do Corcovado, de onde se descortina uma vista deslumbrante, ele abençoa cariocas e visitantes.

2 Medalha de ouro

Nossa metrópole será a primeira do continente a receber uma Olimpíada. A candidatura carioca teve êxito ao apostar nas belezas naturais daqui e no legado dos Jogos. Até 2016, o Rio terá investimentos na faixa de 20 bilhões de reais, que podem propiciar uma metamorfose urbana.


3
A principal passarela

Palco da maior festa carioca desde 1984, o Sambódromo ficou pequeno demais para o espetáculo. Depois do Carnaval, ele passará por uma reforma com o objetivo de ampliar sua capacidade de 60 000 para quase 80 000 pessoas. Na Rio 2016, lá acontecerão a prova de arco e flecha e a chegada da maratona.

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4 Copacabana, a praia

O mundo inteiro canta a garota de Ipanema, mas é Copacabana o destino mais desejado por quem visita o país. Sua democrática areia e points noturnos ainda fascinam os turistas.

5 Copacabana, o forte

Construída no século XVIII para proteger a cidade de invasores, a fortaleza do Posto 6 adquiriu nova função, que nada tem a ver com a militar. Ela abriga uma filial da Confeitaria Colombo e virou uma ótima opção de passeio à beira-mar.

6 Um senhor quintal

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Espalhado do Aeroporto Santos Dumont à Praia de Botafogo, o Parque do Flamengo tem projeto paisagístico de Burle Marx. Aberto em 1965, o aterro abriga o Monumento dos Pracinhas, quadras esportivas e já teve uma réplica da Torre Eiffel, em 1989. Foi sede também da ECO 92, a Conferência Mundial do Meio Ambiente.

7 O templo sagrado

Cenário de partidas inesquecíveis, o Maracanã é o grande santuário do carioca e um dos estádios mais famosos do mundo. Ali, os torcedores dos quatro grandes clubes experimentam sentimentos como alegria, tristeza, êxtase e decepção. Fechado para reformas, deve reabrir no fim de 2012.


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O som da gente

Samba deriva de uma palavra africana, semba, cujo significado é “estar animado, estar excitado”, ou “pular, saltar com alegria”. Numa cidade musical por excelência, o gênero virou sua trilha sonora, com autores do naipe de Noel Rosa, Cartola, Braguinha, Nelson Cavaquinho…

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9 Berços de bambas

Aqui estão as duas escolas de samba com o passado mais valioso entre todas do país. Portela e Mangueira, as maiores vencedoras do Carnaval, são prodigiosas em histórias e personalidades. De um lado, Monarco, Manacéa e Paulinho da Viola. Do outro, Cartola, Nelson Sargento e Carlos Cachaça.

10 O ritmo de Jorge

Mestre do samba-rock, Jorge Ben Jor vem influenciando há décadas uma legião de artistas, de Bebeto a Seu Jorge. Nascido no subúrbio, o cantor e compositor que enalteceu as delícias do “patropi” continua a angariar fãs de variadas gerações e a contagiar as plateias em shows de quase três horas de puro suingue.


11
Minha alma canta

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Composto por Tom Jobim em 1962, Samba do Avião é o nosso hino afetivo. Quem nunca cantarolou durante um voo os versos “Cristo Redentor/ braços abertos sobre a Guanabara/ este samba é só porque/ Rio, eu gosto de você”? São quase cinco décadas da mais sublime beleza.

12 Quarteto fantástco

Que outra cidade do mundo tem quatro clubes grandes, com milhões de torcedores espalhados por todo o país? Flamengo, Fluminense, Botafogo e Vasco disputam a primeira divisão do Campeonato Brasileiro. Juntos, somam quinze títulos nacionais. Dois deles foram conquistados nos últimos anos.

13 Folia a céu aberto

A tradição vem dos tempos dos ranchos, cordões e grandes sociedades. Da década de 80 para cá, no entanto, o Carnaval de rua ganhou incrível revitalização. Só neste ano, mais de 200 blocos tiveram autorização da prefeitura para desfilar e a expectativa é que atraiam 3 milhões de pessoas. Uma festa popular e gratuita.

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Chope gelado

O visitante estrangeiro que se conforme, pois aqui não existe cerveja em temperatura ambiente. No Rio, quanto mais baixa a temperatura, melhor tende a ser o chope. A bebida dá bem o tom gregário do carioca, que não marca um bate-papo, mas, sim, um “chopinho”.

15 A moda praia

O Rio produz uma moda simples, alegre, fácil de usar, descontraída, cosmopolita e de cores vivas. Entre seus representantes mais famosos, três merecem destaque: a Osklen, que vende o estilo cool do Rio no exterior; a estilista Lenny Niemeyer, com seus biquínis sofisticados; e a grife Farm, com estampas exuberantes.

16 O palco mais nobre

O Theatro Municipal já acolheu espetáculos memoráveis, entre eles os do irascível maestro Arturo Toscanini, da soprano Maria Callas e do bailarino Rudolf Nureiev. No ano passado, após uma reforma de 70 milhões de reais, a casa centenária reabriu com todo o seu esplendor. Só no telhado e na fachada, foram aplicadas 80 000 folhas de ouro.

17 Doce balanço

Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça, são elas, meninas, que vêm e que passam por Ipanema, Copacabana, Tijuca, Vaz Lobo, Barra, Madureira… Admirada pelo mundo todo, a beleza da carioca já inspirou diversas canções, da Moreninha da Praia (Braguinha) à Garota de Ipanema (Tom e Vinicius) e Anna Júlia (Los Hermanos).

18 Todos de branco

Até o fim da década de 70, a festa era de cunho religioso. Aos poucos, os hotéis da orla começaram a aderir discretamente, promovendo pequenas queimas de fogos. No início dos anos 90, o réveillon carioca tornou-se um dos eventos mais concorridos do mundo. Recebe em média 2 milhões de pessoas a cada edição. Na última, foram usadas 20 toneladas de fogos de artifício, que iluminaram a praia durante dezesseis minutos.

19 O jardim do Império

Ele começou a brotar por iniciativa do príncipe-regente dom João, em 1808. Com a declaração da Independência, o Jardim Botânico foi aberto ao público, que passou a frequentá-lo em larga escala. O visitante pode passear por sua ampla e bem cuidada área verde, enquanto a criançada se diverte no parquinho.

20 Cidade Maravilhosa

Para muita gente, essa marchinha traz más lembranças, uma vez que ela é usada para encerrar os bailes carnavalescos. Na verdade, ela foi composta por André Filho em 1934 e adotada como o hino oficial da cidade. A alcunha, no entanto, foi criada na década de 20 pelo escritor maranhense Coelho Neto, que hoje batiza um bairro e uma rua.

21 A fábrica do Carnaval

Se Hollywood oferece visitas aos seus estúdios de cinema, o Rio também mostra como é produzido seu maior espetáculo. Inaugurada em 2005 e aberta ao público, a Cidade do Samba tem catorze galpões, onde as escolas confeccionam alegorias e fantasias. Abalado por um incêndio no começo do mês, o complexo retomou as atividades no dia seguinte.

22 Cafona, mas imperdível

Pode chamar de brega ou kitsch, pois isso é irrelevante. Os pratos de porcelana com a imagem do Pão de Açúcar podem ser adquiridos durante o passeio de bondinho. Comprar o suvenir tornou-se uma divertida tradição, que não faz vergonha a ninguém. Ou por acaso alguém acha chique aquela miniatura de Torre Eiffel?

23 Entre o mar e a montanha

De um lado, o costão do Morro da Urca. Do outro, o mar até perder de vista. Esses são os limites da pista Cláudio Coutinho, perfeita para uma caminhada ou corrida ao longo de seu pouco mais de 1 quilômetro de extensão. Além de ser uma área militar, com toda a segurança, ali é proibida a presença de ciclistas, skatistas e animais.

24 Da água à cerveja

Erguido em 1723 para abastecer o centro da cidade, o Aqueduto Carioca é o nome de batismo dos Arcos da Lapa. Desativado desde o fim do século XIX, ele virou um cartão-postal do Rio. Por cima de sua estrutura passa o bondinho de Santa Teresa; por baixo, uma multidão de pessoas ávidas por bebericar e se divertir à noite.

25 Tesouro escondido

Trata-se de um minúsculo recanto congelado na história, a poucos metros da Rua Cosme Velho. Habitado em priscas eras por barões e com apenas oito casas, construídas no fim do século XVIII, o Largo do Boticário revela-se uma preciosidade arquitetônica. A quem interessar, há uma mansão à venda no local, ao preço de 2,5 milhões de reais.

26 O recanto do imperador

Endereço escolhido por dom João VI, a Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, ficava em um dos pontos mais valorizados do Rio. Atualmente, abriga um parque, o Jardim Zoológico e o Museu Nacional. O lago com pedalinhos é um atrativo concorrido do lugar, que fica lotado nos fins de semana.

27 O céu na cúpula do palácio

Construído na década de 20 para ser sede da Câmara dos Deputados, o Palácio Tiradentes é, desde 1975, sede da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. Entre outros detalhes ornamentais, exibe um vitral na cúpula que retrata a posição das estrelas na noite de 15 de novembro de 1889, data da Proclamação da República.


28
Batuque em cenário colonial

Um dos caminhos para a Praça XV, o Arco do Teles sempre foi muito movimentado. Ele é remanescente de uma construção setecentista e dá acesso a um conjunto de vielas coloniais. Nos fins de semana, grupos de samba e choro animam os restaurantes e botecos da área.

29 Um francês legítimo

Antes de virar centro cultural, em 1990, a Casa França-Brasil foi Praça do Comércio, funcionou durante 120 anos como Alfândega e, na segunda metade do século XX, sediou o Segundo Tribunal do Júri. Projetado pelo francês Grandjean de Montigny e aberto em 1820, o imóvel é uma atração em si, a despeito das mostras em cartaz.

30 Oásis de paz

Maior parque do Centro da cidade, o Campo de Santana é um refúgio de sossego em meio ao frenesi da região. Entre laguinhos, pontes, jequitibás, patos e gatos, o visitante se desliga da agitação lá fora. O local não tem mais a igreja da qual extraiu o nome, demolida no século XIX.

31 Um tiro que mudou o país

Endereço presidencial até a transferência da capital para Brasília, em 1960, o Palácio do Catete transmutou de epicentro político para centro cultural. Um de seus atrativos é o quarto onde o presidente Getúlio Vargas se suicidou, em 1954. Outro é o aprazível jardim em torno do imóvel.

32 O último baile

Construído para ser um posto alfandegário, o castelo da Ilha Fiscal entrou para a história por ali ter sido realizado o derradeiro e suntuoso baile da nobreza, dias antes da Proclamação da República. Administrado pela Marinha, ele está aberto a visitas.


33
Livre das picaretas

Uma das colinas do Centro que escapou do bota-abaixo, o Morro da Conceição mantém seu casario de fachadas mais que centenárias, ruelas sinuosas e escadarias. Destacam-se nesse belo roteiro o Palácio Episcopal e a Fortaleza da Conceição.


34
A ciência em carne e osso

Desde os tempos de dom Pedro II, o Museu Nacional reúne um acervo sedutor, com animais empalhados, ossadas e achados arqueológicos. Entre os destaques, o maior meteorito que já caiu no Brasil, cabeças mumificadas, fósseis de dinossauros e o esqueleto mais antigo das Américas, datado de aproximadamente 11 000 anos atrás.

35 Uma joia da coroa

Primeira residência da corte portuguesa por aqui, o Paço Imperial depois virou sede do governo e cenário de fatos marcantes do passado. Lá foram aclamados dom Pedro I e seu herdeiro, e assinada a Lei Áurea. A exemplo de outros prédios históricos, ele virou um centro cultural, com sala de exposição, biblioteca, restaurante e lojas. Essa relíquia pode ser alugada para festas.

36 A beleza da lagoa

A ciclovia, os parques e quiosques fazem da Lagoa Rodrigo de Freitas um dos locais preferidos dos cariocas. Símbolo do descaso ambiental do passado, ela passa por um processo de despoluição, e todos torcemos para que esteja limpa até o Mundial de 2014. Visto do alto, seu contorno tem o formato de um coração.

37 A arte de bem receber

Símbolo da cidade-balneário, que só no século passado descobriu as delícias da beira-mar, o Copacabana Palace acolheu ? e ainda acolhe ? políticos, empresários e estrelas internacionais do showbiz. Tem mimos exclusivos, co-mo a área interna perfuma-

da com uma essência de capim-limão.

38 Desembarque fascinante

Pousar no Santos Dumont é uma viagem ímpar, pois na manobra de aproximação da aeronave o passageiro pode admirar o Pão de Açúcar, a Baía de Guanabara e a Ponte Rio-Niterói. Projetado em 1938, o terminal tem um saguão onde chamam a atenção painéis de 75 metros quadrados retratando Ícaro e seu sonho de voar.

39 Uma sigla que é unanimidade

Principal bandeira do governo estadual, as Unidades de Polícia Pacificadora, ou UPPs, libertaram quase 500 000 pessoas do domínio dos traficantes. Iniciado em 2008, no Morro Dona Marta, o pro-grama está presente em dezessete favelas, e até 2014 deve ser estendido a outras 100 localidades.

Renata Mello/TYBA

40 Visão do paraíso

Silhueta emblemática do Rio, a Pedra da Gávea guarda um mirante que é puro deslumbre. De seu topo é possível observar grande parte do Parque Nacional da Floresta da Tijuca, o Corcovado, a Pedra Bonita e as praias de Ipanema e Leblon.

41 A educação nos trilhos

Se o carioca é bem tratado, ele costuma ser recíproco. Prova dessa máxima é seu comportamento no metrô. Lá, salvo em situações episódicas, a civilidade dita o padrão. Os passageiros evitam jogar lixo no chão, não danificam os veículos nem emporcalham as paredes com desenhos ou mensagens.

42 Pés, e olhar, no chão

O calçadão de Copacabana buscou inspiração no mar. Há quem ache que em Vila Isabel as pedras portuguesas são mais originais. Berço de músicos do calibre de Noel Rosa e Braguinha, o bairro tem desenhadas no piso partituras da MPB. Só ali é possível caminhar sobre canções como Carinhoso, Pelo Telefone e Aquarela do Brasil.


43
A “Nasa” do município

Com suas oitenta telas e 100 monitores de computador, o Centro de Operações inaugurado pela prefeitura no fim do ano passado lembra os salões da agência espacial americana. A cidade inteira é monitorada dali ? tráfego, clima, coleta de lixo. Em Nova York, Singapura, Tóquio e Madri há iniciativas semelhantes. E só.

44 A final da Copa será aqui

A reforma do Maracanã envolve prazos e cifras polêmicas. Entretanto, uma coisa é certa: o Rio de Janeiro sediará a partida final da Copa do Mundo de 2014.

45 O irmão menor

O Maracanãzinho já viu de tudo em sua arena: apupo à dupla Chico Buarque e Tom Jobim em um festival de música, o revolucionário saque “jornada nas estrelas”, criado pelo jogador de vôlei Bernard, e shows como os do Jackson Five, James Brown e Police. Ele faz parte do complexo esportivo desde 1954.

46 O show da torcida

Logística apurada, muita gente trabalhando antes do jogo e, em poucos segundos, acontece a mágica: frases e desenhos são formados nas arquibancadas em apoio ao time. Os mosaicos viraram um espetáculo à parte nos estádios e nos fazem recordar a lágrima da mascote Misha na Olimpíada de Moscou. Por aqui, Fla e Flu foram os pioneiros nessa arte.

47 Ilha da paz

Na pequenina Paquetá não passa carro. Tranquilo, sem casos de violência, o bairro foi tirado do esquecimento graças à notícia de que a casa que pertenceu a José Bonifácio está à venda por 1,8 milhão de reais.

48 Sombra e água fresca

Com uma área de 520 000 metros quadrados, o agradável Parque Lage é formado por um belo casarão de 1832 e pelo jardim que o circunda. Ali ficam a Escola de Artes Visuais e as delícias do Café du Lage, ao pé do Corcovado.

49 Noites Cariocas

O projeto, concebido por Nelson Motta nos anos 80, nasceu na Urca e acabou no Porto. Capitaneado por Luiz Calainho e Alexandre Accioly, tem, além de shows, exibição de filmes, peças, espetáculos circenses e oficinas de arte.

50 Museu de Arte Moderna

Obra-prima modernista, o prédio do MAM foi projetado em 1954 pelo arquiteto Affonso Eduardo Reidy. O acervo atual tem 11 000 obras, 4 000 delas pertencentes à Coleção Gilberto Chateaubriand, considerada o mais completo conjunto de arte moderna e contemporânea brasileira.

51 Joia arquitetônica

Instalado em um histórico prédio de linhas neoclássicas, o Centro Cultural Banco do Brasil é o maior centro de fomento e difusão de cultura da cidade, com exposições memoráveis ? e gratuitas.

52 Uma casa se cinema

A antiga residência do embaixador e banqueiro Walther Moreira Salles, na Gávea, foi transformada em belíssimo centro cultural, o Instituto Moreira Salles, com exposições e filmes. Imperdível.

53 Refúgio para poucos

Mantido com zelo por monges beneditinos há 153 anos, o Colégio São Bento, considerado um dos melhores do país, é tricampeão no Enem (2005, 2007 e 2008). Mulheres não entram.

54 À sombra dos pilotis

Com sua peculiar arquitetura e 110 000 metros quadrados de bosques, a PUC carioca é universidade de sonho dos jovens do Rio, em que cursos de ponta convivem com badalação e gente bonita.

55 Marca “regixxtrada”

Com a pronúncia “arrrrrrastada” do R e o chiado característico, o sotaque do carioca é fácil de reconhecer. Essa nossa particularidade é uma herança dos portugueses e, graças às novelas, tornou-se conhecida e imitada em todo o país.

56 Conversa de botequim

Nosso papo de bar tem propriedades terapêuticas. Depois de alguns chopes em torno de uma mesa, ninguém precisa de analista.

57 Educação de primeira

Mantido com zelo por monges beneditinos há 153 anos, o Colégio São Bento, considerado um dos melhores do país, é tricampeão no Enem (2005, 2007 e 2008). Mulheres não entram.

Divulgação

58 Proteção dupla

O padroeiro da cidade é São Sebastião, mas o carioca é devoto mesmo de outro santo guerreiro, São Jorge, que na umbanda é equiparado a Ogum.

59 Enseada de botafogo

Tem 700 metros de extensão e, na verdade, é mais bonita vista à distância, pois a praia em si não é boa para banhos. Com seus barquinhos e o Pão de Açúcar ao fundo, é um dos cartões-postais da cidade.

60 Central do Brasil

A estação onde circulam 600 000 pessoas por dia ganhou projeção internacional como cenário do filme homônimo, de Walter Salles, indicado ao Oscar em 1999.


61
Pôr do sol no Arpoador

É um evento turístico diário e com hora marcada. O mais bonito pôr do sol do Rio lota as pedras daquela pontinha de praia. Os aplausos estão incluídos no espetáculo.

62 Baixo Leblon

Reduto boêmio da Zona Sul, ficou famoso nos anos 80. Recentemente, os tradicionalíssimos Jobi, Pizzaria Guanabara e Bar Diagonal ganharam a companhia de novatos como o Focaccia e o Andy?s.

63 O boteco pós-praia

No Bracarense, o chope bem tirado e os clássicos salgados (como bolinhos de bacalhau e de aipim com camarão e catupiry) continuam imbatíveis, mesmo após a saída do garçom Chico Gomes e da cozinheira Alaíde Carneiro, que abriram o excelente Chico e Alaíde.

64 O mago do Carnaval

Desde 2004, Paulo Barros tem abalado as estruturas do desfile. No ano passado, com inovações surpreendentes, ganhou seu primeiro título. Agora todos aguardam as surpresas de 2011.

65 Obediência à Lei Seca

Estima-se que nos últimos três anos cerca de 5 000 vidas tenham sido salvas em decorrência da dura fiscalização que coíbe o consumo de álcool pelos motoristas.

66 Rock in Rio

Taí boa prova da força da marca “Rio”. A franquia rendeu, além de duas versões locais, filhotes em Lisboa e Madri. Neste ano, a festa será de novo por aqui.


67
Dois beijinhos

Por que é tão difícil para os paulistas lembrar que nós damos dois beijinhos para nos cumprimentar e nos despedir?

68 A gente se fala

Tão carioca quanto o tradicional “aparece lá em casa” sem que endereços sejam fornecidos é a despedida “a gente se fala“. Pelo menos, a segunda tem chances reais de acontecer.

69 A nossa Hollywood

São 4 milhões de metros quadrados, com cidades cenográficas e estúdios onde são gravados programas e novelas da Globo. O Projac é uma fábrica de sonhos.

70 Stand-up à carioca

Moda dos últimos dez anos, revelou talentos do humor como Fábio Porchat, Cláudio Torres Gonzaga e Fernando Caruso. É o pessoal que só precisa de um palco e um microfone para fazer a plateia morrer de rir.

71 A nova face do humor

Retraído e introvertido na adolescência, Marcelo Adnet é especialista em criar músicas e piadas de improviso a partir de um tema sugerido pela plateia. O resultado é sempre hilariante.

72 Sopa Leão Veloso do Rio Minho

Trata-se de uma adaptação da bouillabaisse, sopa de peixes, de Marselha, feita a pedido do diplomata Pedro Leão Veloso, ministro das relações exteriores no governo Vargas.


73
Empada de Camarão do Mosteiro

Os salgados do tradicional restaurante são feitos sob rigorosa supervisão do proprietário, José Temporão, pai do ex-ministro da Saúde José Gomes Temporão.


74
Sanduíche do Cervantes

Cultuada há mais de 50 anos, a combinação de filé-mignon com patê e abacaxi é uma instituição carioca. O segredo é o pão de leite, saído de uma receita caseira.

75 O cabrito do Nova Capela

Procure o nome deste item no Google. Aparecerão 124 menções ? a maioria elogiosa. Servido com muito alho e arroz de brócolis, o pernil de cabrito (para alguns, cordeiro) custa 82 reais.

Fernando Lemos

76 Totivendo do Chico e Alaíde

Uma espécie de escondidinho de camarão e abóbora ao contrário, o salgado servido em tigelinhas de louça é o carro-chefe do bar no Leblon.

77 Palmito do Otto

Não se trata apenas de uma iguaria, mas de um ritual. O garçom traz o palmito assado na casca e, com uma faca, destrincha o cilindro. O resultado é uma espécie de escultura em cada prato.

78 Bolinho de Bacalhau do Adonis

Em uma esquina feiosa de Benfica nasceu a receita que melhor traduz o petisco-símbolo da cidade, feito com o legítimo Gadus morhua, o bacalhau do porto.

79 Pastel do Adão

O bar, nascido no Grajaú e crescido na Tijuca, em Copa, na Lapa e no Leblon, oferece pastéis de 55 sabores. Apenas na matriz são vendidas 800 unidades por noite.

80 Pataniscas do Pavão Azul

Estrelas do apetitoso menu do boteco, as pataniscas de bacalhau (lascas do peixe empanadas em farinha e fritas) são consideradas as melhores da cidade.

81 Feijoada do Antiquarius

Oferecida apenas aos sábados, leva quatro dias para ser preparada. As carnes são servidas separadamente, inclusive partes menos requisitadas, como pé, orelha e rabo de porco.

82 Bolinho de Feijoada do Aconchego Carioca

Recriação do prato clássico feita pela cozinheira Kátia Barbosa, é crocante por fora e suculento por dentro. De tão bom, atrai uma leva de gourmets à Praça da Bandeira.

83 Circo voador

Nascida sob uma lona na Praia do Arpoador, nos anos 80, hoje é uma das mais importantes casas de show da cidade ? agora sob os Arcos da Lapa.

84 Fundição Progresso

Crucial na revitalização da Lapa, é um centro de formação de artistas de diversas áreas. Recentemente, passou a promover um interessante concurso de marchas carnavalescas.

85 Bichos e história

O zoo carioca tem 65 anos e uma singular combinação de história e animais. Seu imponente portão de arcos e colunas, por exemplo, foi um nobre presente de casamento a dom Pedro I e à imperatriz Leopoldina.

86 O samba é um detalhe

A cervejaria Brahma criou o conceito de camarotes para celebridades no Sambódromo em 1991. Verdadeiros oásis de mordomias, hoje há dezenas espalhados pela avenida, inclusive o de VEJA RIO.


87
Cinelândia

Antiga concentração de cinemas, tornou-se reduto de manifestações políticas que quase sempre acabam em meio aos chopes do Amarelinho.

88 Agitos nos armazéns

Depois de cuidadosa reforma, os armazéns do Píer Mauá se tornaram concorridos espaços de eventos como Fashion Rio, a festa do especial Comer & Beber, de VEJA RIO, e o projeto Sesc Rio Noites Cariocas.

89 Aulas no trânsito

No Rio, motorista de táxi nunca é apenas motorista. Tem intimidade para falar de tudo ou autoridade para dar aulas de economia e relações internacionais. Ao passageiro, convém concordar.

90 O gari dançarino

Renato Lourenço ficou famoso em 1997, ao cruzar a Marquês de Sapucaí dançando enquanto limpava a pista. Hoje, Renato Sorriso é uma celebridade que varre as ruas da Tijuca.

91 Escadaria psicodélica

O chileno Jorge Selarón criou os mosaicos da escadaria que ganhou seu nome em Santa Teresa. São 215 degraus e 125 metros de extensão, com 2 000 azulejos, inteiros ou em cacos.

Fernando Lemos

92 Deborah Colker

A coreógrafa ganhou fama ao pendurar dançarinos em uma parede de alpinismo e criar espetáculos para o Cirque du Soleil. Puro orgulho local em metro e meio de criatividade e inquietude.

Marco Antônio Teixeira

93 O super-laboratório

Do Centro de Pesquisas da Petrobras saem os estudos que permitem à empresa explorar petróleo em águas profundas. Fundado há 47 anos, tem 137 laboratórios e emprega 800 pesquisadores.

94 Notícias dos céus

Eficientíssima, a turma do “jornalismo de helicóptero” ajuda nos engarrafamentos, dá dicas sobre o clima e a condição das praias. Gente sortuda essa, que todo dia vê aquela paisagem aos seus pés.

95 Pedalinhos da lagoa

Pedalar nas aves gigantes de fibra de vidro, tendo como cenário uma das mais belas paisagens do Rio, é um clássico da cidade que encanta adultos e crianças há cinquenta anos.

96 Olha o jacaré

Com 40 hectares, no Recreio, o Parque Chico Mendes reúne espécies de fauna e flora raras e ameaçadas de extinção. Uma delas é o jacaré-de-papo-amarelo.


97 Pegar jacaré

Poucas sensações são tão libertadoras quanto descer uma onda, sem prancha, na Praia do Leme.

98 As musas do vôlei de praia

Elas arrancam suspiros do público masculino. Entre as beldades, destacam-se Ana Paula, Leila, Maria Clara e Carolina. As duas últimas são filhas de Isabel, musa do vôlei nos anos 80.

99 Letras na madrugada

A Banca Piauí, no Leblon, foi uma das primeiras a ficar abertas até altas horas. Alegria dos leitores notívagos, herdou o nome da farmácia que funcionava em frente.

100 Farra literária

Criada em 1983, a Bienal do Livro sedia encontros com autores brasileiros e estrangeiros recordistas de vendas, sessões literárias, debates e bate-papos informais. Em 2010, 300 editoras participaram da festa.

101 Marcha, soldado

O Colégio Militar, inaugurado no século XIX, se mantém como uma das mais importantes instituições de ensino do país. É tão grande que tem o Morro da Babilônia inteiro dentro de seus limites.

102 Riqueza à beira-mar

A Avenida Vieira Souto, a mais cara, mais bonita e mais charmosa do país, se estende por doze quarteirões distribuídos ao longo de 2,2 quilômetros. São 800 cobiçados endereços, onde o metro quadrado chega a 20 000 reais.

103 Ricardo Amaral

O rei da noite carioca voltou com tudo. Lançou uma biografia que virou best-seller e agora ressuscitará os bailes de Carnaval no Cais do Porto.

104 Lulu Santos

Com 7 milhões de discos vendidos, nasceu no Rio Comprido e hoje vive na Lagoa. Como diz em uma de suas canções, uniu a Zona Norte à Zona Sul ? e tornou-se um ídolo carioca.

105 Herbert Vianna

O líder dos Paralamas foi criado em Brasília, mas é carioca de espírito. No início, usava óculos e era ignorado pelas meninas do Leblon. Hoje é amado pela cidade inteira.

106 Capitão Nascimento

Wagner Moura pode ser baiano, mas o personagem é carioca da gema. O protagonista de Tropa de Elite 1 e 2 até foi promovido no segundo filme, mas para o público sempre será “o capitão”.

107 O charme do lacinho

A moda vai e vem, mas o biquíni de amarrar segue impávido como um dos clássicos cariocas. Não há marmanjo que nunca tenha fantasiado o que aconteceria no caso de um puxãozinho.

108 Castelos no calçadão

Atração nas praias da Zona Sul, as esculturas de areia fazem a festa dos turistas. Nos fins de semana de maior movimento, os artistas faturam até 200 reais em gorjetas.

109 Delícia crocante

No mercado há quase 60 anos, o Biscoito Globo é um símbolo das praias cariocas. A cada mês são vendidos 2 700 saquinhos da iguaria produzida em uma fábrica no Centro.

Istockphoto

110 Ideia geneal

O ícone carioca dos cachorros-quentes nasceu meio torto, com um erro crasso de português no nome ? era para ser Genial e ficou Geneal mesmo. Mesmo assim é um sucesso.

111 Areia iluminada

Quatro mil e quinhentos pontos de luz distribuídos por dezesseis bairros garantem uma das grandes curtições do verão carioca: ir à praia à noite. Um programaço para enfrentar o calor.

112 Andar com os dedos de fora

Os chinelos calçam os cariocas em todas as estações do ano e em praticamente todos os lugares. Na praia, são unanimidade ? em diferentes variações de cores e estado de conservação.

113 Agora liberado

O mate gelado vendido em tonéis sempre foi um dos símbolos das areias cariocas. Com o choque de ordem foi proibido, mas diante do clamor da clientela acabou liberado.

114 Com hora marcada

Popularíssima, a roda de futebol onde se trocam passes sem deixar a bola tocar a areia ganha cada vez mais adeptos, inclusive entre as moças. Mas atenção: o altinho só é permitido em horários específicos.

115 Um posto para chamar de seu

Tem carioca que não vai à praia, vai a posto. “Vamos ao 9 hoje?”, diria uma amiga a outra. Traduzindo: as moças pretendem ir ao ponto mais badalado da praia de Ipanema. Ao todo são onze na Zona Sul e seis na Barra.

116 Haja coco

Diariamente são consumidas no Rio 42 000 unidades da fruta, a imensa maioria delas à beira-mar, entre uma corridinha e um mergulho. Delícia.

117 A nossa Casa Cor

Nascida em São Paulo, a maior mostra de decoração do país ganhou uma cara típica do Rio. A última delas, no ano passado, aconteceu em um belíssimo casarão de 1883, em Laranjeiras.

118 Grupo Matriz

Conglomerado que junta a Casa Matriz, o Boteco Salvação (ambos em Botafogo) e o Teatro Odisseia (Lapa), é famoso pelas festas animadas e despretensiosas. Outro filhote é a Loud!, agito realizado no belo Cine Íris, no Centro. Desde seu surgimento, mudou a noite carioca.

119 Entre e fique à vontade

Uma vez por ano, os artistas de Santa Teresa promovem o Artes de Portas Abertas, em que escancaram seus ateliês ao público. O clima é de Montmartre. Em 2010 participaram do evento oitenta artistas, 39 ateliês e treze centros culturais.

120 Estação dos filmes

Marcado pela exibição de filmes tanto alternativos como de blockbusters comerciais, o Grupo Estação é uma opção aos cineplex. Mesmo nas salas mais acanhadas, conta com um público fiel e dedicado.

121 Farra de cinéfilos

O Festival do Rio é a festa dos cinéfilos. No ano passado, 250 000 pessoas assistiram a 300 filmes. É uma chance única para quem curte filmes-cabeça.

122 Exuberância florestal

A meia hora de carro da Zona Sul, fica a Floresta da Tijuca, a maior do mundo entre as localizadas dentro de áreas urbanas. Um raro privilégio.

123 Bosque da Barra

Uma vasta vegetação de 500 000 metros quadrados funciona como recanto bucólico no bairro dos shoppings e condomínios. Reserva ambiental, reúne áreas de lazer e animais silvestres.

124 Avenida monumental

Nascida como Avenida Central em 1904, ganhou o nome atual, Rio Branco, em 1912. Foi aberta na marra, em meio a vielas e casebres, como parte dos planos de civilizar o Rio.

125 No feltro verde

Espalhados pela cidade, os salões de sinuca atraem jovens e veteranos do taco. Alguns têm tanta história que são dignos de tombamento.

126 Joia Art Nouveau

Fundada em 1894, a Confeitaria Colombo é um monumento ao Rio Antigo. Um chá da tarde é servido em meio a espelhos belgas e lustres de cristal.

127 Vai um cone aí?

As temakerias brotaram por todos os cantos da cidade, vendendo cones de alga recheados com arroz, peixe e outros ingredientes, os temakis. Um sucesso japonês que virou a cara do Rio.

128 O Davi dos sanduíches

Nascida no Rio, a rede de lanchonetes Bob?s é a única no país a desafiar o McDonald?s, o Golias americano do fast-food. A arma secreta? Milk-shake de Ovomaltine.


129
Redonda caprichosa

Feita com ingredientes de primeira e massa crocante, a Capricciosa foi a primeira pizzaria nativa a provar que uma boa pizza não precisa de adereços como ketchup, mostarda ou maionese.

130 Tortas do Leblon

O alemão Kurt Deichman desembarcou no Rio em 1939, fugindo da II Guerra Mundial. Trouxe na mala receitas espetaculares de tortas produzidas até hoje na lojinha que leva seu nome.

131 Da cor do pecado

Íntimo da alma carioca, o compositor Braguinha já enaltecia que “a mulata é a tal”. E alguém discorda do mestre? Elas ganham ainda mais em evidência no desfile das escolas de samba, quando mesmerizam a Sapucaí.

132 Iguaria que derrete na boca

O restaurante Salete é um daqueles pontos comerciais simples, que se distinguem por um produto específico. No caso, suas empadinhas, consideradas por muita gente como as mais saborosas do Rio. Cravada há cinco décadas na Tijuca, a casa oferece três recheios para o salgado: frango, camarão e palmito.

133 A Lapa dá samba

Em um movimento espontâneo de gente que decidiu investir no bairro, a Lapa revitalizou-se de dez anos para cá e recuperou sua vocação boêmia. Jovens dos quatro costados da cidade vão ouvir boa música em casas como Semente, Carioca da Gema e Sacrilégio. Surgiu até o chamado “samba da Lapa”.

134 Peixe fresco

Entre a Rua Miguel Couto, o Largo de Santa Rita e a Rua do Acre, nas imediações da Praça Mauá, fica o chamado Beco das Sardinhas. Ali se concentram restaurantes simples que servem a iguaria à milanesa.

135 Banho de loja no mercadão

Às vésperas de seu cinquentenário, o Centro de Abastecimento e Distribuição do Estado da Guanabara (Cadeg), em Benfica, se renova a fim de ampliar sua lista de frequentadores. O entreposto ganhou três restaurantes elaborados, e em breve terá também climatizadores e uma nova iluminação.

136 Do barco para o prato

Referência na venda de pescados na Barra, o Mercado do Produtor reúne vinte boxes com peixes e frutos do mar sempre frescos. A fama do local foi impulsionada pelo concorrido restaurante La Plancha, que fica nos fundos do mercado e abre 24 horas (exceto às segundas-feiras).

137 Vem pro Bola meu bem

O quase centenário Cordão da Bola Preta é um acontecimento do Carnaval. No sábado da festa, mais de 1 milhão de pessoas invadem a Cinelândia para o desfile do bloco, no embalo da marchinha Quem Não Chora Não Mama.

138 Bairro-cabeça

Próximo do Centro, mas com um prudente resguardo do burburinho, Santa Teresa concentra moradores que compartilham os gostos e as opções profissionais. Com seu casario antigo, a região é conhecida por agregar intelectuais e artistas.

139 Em meio às ruínas

Em sua residência de Santa Teresa, a mecenas Laurinda Santos Lobo promovia saraus de música e literatura. Convertido em centro cultural, o palacete do Parque das Ruínas vale a visita nem que seja para admirar de seu mirante vários cartões-postais do Rio.

140 O melhor vem no começo

Na rede de restaurantes La Mole, a parte mais gostosa são as preliminares. Trata-se de uma referência ao couvert do estabelecimento, uma autêntica refeição que leva à mesa pães quentes, pastas, frios e biscoitos. Acredite: tem até quem peça a porção para ser entregue em casa.

141 Trem da alegria

Para comemorar o Dia do Samba (2 de dezembro), partideiros ocupam os trens da Supervia numa deliciosa viagem musical da Central até Oswaldo Cruz. Tudo bem organizado, com um vagão para cada grupo e horário estabelecido, em um prazeroso espetáculo itinerante.


142
O bonde da história

Só em Santa Teresa o deslocamento ainda é feito em bondes, que fazem uma interessante conexão entre passado e presente, margeando um belo casario e mansões magníficas do bairro. O meio de transporte foi implementado ali em 1896 e resiste até hoje.

143 Com a bênção da dindinha

Beth Carvalho amadrinhou uma leva de talentos do samba: Zeca Pagodinho, Almir Guineto, Jorge Aragão, Arlindo Cruz e Luiz Carlos da Vila, para citar alguns. Não fosse isso o bastante, ela é uma das melhores intérpretes de Cartola e Nelson Cavaquinho.

144 Suingue sangue bom

Dois talentos destacados de uma safra recente da música brasileira se moldaram artisticamente na cidade: Mart?nália e Seu Jorge. Ela, filha de Martinho da Vila, de quem herdou a verve sambística; ele, filho das ruas (foi sem-teto) e com repertório que vai do jongo ao soul.

145 O Batman do metrô

O super-herói dá plantão na Estação Arcoverde, em Copacabana. Um dos engenheiros responsáveis pela obra viu que a saída para ventilação no teto parecia uma caverna. O que ele fez, então? Colocou o símbolo do homem-morcego no local. Uma gaiatice tipicamente carioca.

146 O agito na Varnhagen

É o Baixo Gávea tijucano. Em torno da praça há bares e restaurantes que se tornam pontos de encontro de jovens até altas horas nos fins de semana.

147 Vida de interior

Os moradores do subúrbio se orgulham de sua região e estilo de vida que preserva hábitos antigos ? entre eles, a garotada soltando pipa nas ruas e os vizinhos se reunindo nas calçadas para animados bate-papos regados a cerveja.

Rogério Reis/TYBA

148 Embaixada do Nordeste

Ponto de encontro de cariocas e imigrantes nordestinos saudosos da terra natal, a Feira de São Cristóvão reúne barracas com produtos típicos daquela região, da culinária a folhetos de cordel. A integração dita o ritmo, com repentistas e DJs se alternando nas caixas de som.

149 Musa sem prazo de validade

Apesar de nascida em Mato Grosso do Sul, a modelo Luiza Brunet tornou-se um ícone da beleza carioca. Radicada no Rio desde a infância, ela vai desfilar como destaque na Passarela do Samba pela 27ª vez, prestes a completar 49 anos.

150 “Evandro Mixxxquita”

Fundador da carioquíssima Blitz, banda desbravadora do rock brasileiro nos anos 80, Evandro Mesquita é a personificação do “menino do Rio”, e não só pelo sotaque carregado e fala cheia de ginga. Fã de surfe e futebol de praia, ele parece sempre em lua de mel com a vida.

Fernando Lemos

151 Ídolo da massa

Com o perdão do trocadilho, o Galinho de Quintino é carioca da gema. Ídolo da maior torcida da cidade e do país, o rubro-negro Zico se reencontrou com sua terra natal após uma série de temporadas no exterior como jogador e técnico. Ele mora na Barra e é torcedor fanático da Beija-Flor.

152 Oui oui, a França é aqui

A influência do país de Asterix por aqui vai muito além do champanhe que estouramos no réveillon. Desde a chegada da Missão Artística de lá a convite de dom João VI, em 1816, esse legado se faz presente com força na culinária, na arte e na arquitetura ? a exemplo da Casa França-Brasil, do Copacabana Palace e da Praça Paris.

153 Vitrine fashion

O mundinho da moda não vive apenas de vaidade. Desde que o Fashion Rio foi criado, em 2000, as exportações do setor cresceram de 9,2 milhões de dólares para 21,2 milhões de dólares por ano.

154 Música pra pular brasileira

O jornalista Marcelo Janot começou a despontar como DJ ao fazer uma festa só com canções nacionais. Chamado de Brazooka, o embalo lhe deu notoriedade a ponto de tocar para 1 milhão de pessoas na abertura do show do Rolling Stones em Copacabana.

155 O cronista do Leblon

As novelas de Manoel Carlos transportam a imagem do Rio para o Brasil e o mundo, com foco especial em seu bairro, o Leblon, cenário frequente de suas tramas. Maneco também cativa os leitores de VEJA RIO com seus comoventes textos publicados a cada quinzena.

156 Um craque soberbo

Marrento, frasista, atrevido, malandro e mulherengo. O fora de série Romário jamais se imaginou um modelo para ninguém. Ao se aposentar dos campos, nos quais fez mais de 1 000 gols, ele iniciou carreira na política e é um dos representantes do Rio na Câmara dos Deputados. Sem abandonar, é claro, seu futevôlei sagrado.

157 Ele está em todas

O jornalista, compositor, escritor e produtor musical Nelson Motta testemunhou de perto episódios marcantes da história recente da cidade. Viveu intensamente a era dos festivais, ajudou o rock brasileiro a se consolidar, deu força a novatos como a cantora Marisa Monte e ainda escreveu a biografia de Tim Maia.


158
São Paulo tão perto

É muito bom saber que os restaurantes estrelados, as baladas grifadas e a elogiada cena teatral paulistana estão a apenas cinquenta minutos de voo. Um roteiro sob medida para um fim de semana.

159 São Paulo tão longe

É ótimo saber que os engarrafamentos na capital paulista, que muitas vezes paralisam tudo, estão a mais de 400 quilômetros de distância da nossa cidade, com uma Via Dutra inteira a nos separar.

160 O cinco-estrelas do Eike

Imponente e classudo, o Hotel Glória ficou famoso por receber artistas e políticos e realizar concursos de fantasia que eram o assunto da cidade no Carnaval. Comprado pelo empresário Eike Batista, o Glória passa por uma ampla reforma para virar um estabelecimento de altíssimo luxo.

161 O ninho da Águia

Antiga residência de Rui Barbosa, a mansão na Rua São Clemente, em Botafogo, foi preservada com os pertences do jurista e o mobiliário de época. Destaque para a biblioteca com 35 000 volumes, reforçada ao longo dos anos por outras coleções. Aprazível por dentro e por fora, o casarão possui um convidativo jardim.

162 Fernanda mãe

É irresistível chamá-la de monstro sagrado da dramaturgia, ou de a primeira-dama do teatro brasileiro, ou mesmo de Fernandona. Todos os chavões fazem jus ao talento de Fernanda Montenegro, uma carioca de enorme talento e vitalidade.

163 Fernanda filha

Legítima herdeira da habilidade para representar da mãe, Fernanda Torres há muito adquiriu intenso brilho próprio. Adepta das caminhadas na Lagoa, ela de quebra revelou-se uma bela cronista da cidade nas páginas de VEJA RIO.


164
Grande e bela

Imponente e monumental, a Igreja da Candelária começou a ser construída em 1775, mas só foi totalmente concluída em 1931, mais de 150 anos depois.

165 Pérola do subúrbio

A Igreja da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência, no Largo da Carioca, é um tesouro barroco. Com 400 quilos de ouro enfeitando seus altares, é a maior concentração do metal precioso próxima de uma estação do metrô no país.

166 Catedral evangélica

Os evangélicos neopentecostais também têm suas catedrais na cidade. A mais imponente delas, da Igreja Universal, fica em Del Castilho e tem capacidade para 15 000 fiéis sentados. É a maior da América Latina.


167
Barroco junto ao Metrô

A Igreja da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência, no Largo da Carioca, é um tesouro barroco. Com 400 quilos de ouro enfeitando seus altares, é a maior concentração do metal precioso próxima de uma estação do metrô no país.


168
Herança colonial

Vizinho da igreja acima, o Convento de Santo Antônio passa despercebido. Uma injustiça. A igreja, erguida no século XVII, é um dos mais importantes testemunhos da arquitetura colonial no país.

169 Bonita por dentro

O interior da Catedral Metropolitana, no bairro da Lapa, é um espetáculo: vitrais gigantescos, pé-direito de 70 metros e capacidade para 20 000 fiéis. Vista de fora, no entanto, é feia de doer.

170 Inovação na forma

Erguido em 1739, o Outeiro da Glória trouxe uma grande inovação no barroco: a nave octogonal. Com 8 000 azulejos formando seis dezenas de painéis, é um lugar lindo para casamentos e batizados, com direito à vista da baía.

171 Cabeças coroadas

Na Igreja de Nossa Senhora do Monte do Carmo respira-se a história. É a única das Américas a ser palco da consagração de um rei (dom João VI) e dois imperadores (dom Pedro I e dom Pedro II).

172 Do Leme ao Pontal

Magistral, o verso de Tim Maia traduz em quatro palavrinhas a vastidão e exuberância de 40 quilômetros de praias do Rio.


173
Edifícios com apelido

Um hábito curioso dos cariocas é dar apelido aos prédios da cidade. Um dos mais famosos é o Balança Mas Não Cai, na Avenida Presidente Vargas. A sede da prefeitura, na Cidade Nova, virou na linguagem popular o Piranhão.

174 Bastião em Copa

Inaugurado em 1938, o Roxy é um remanescente da era de ouro do cinema de rua. Mesmo com a sala gigantesca subdividida em outras três, ainda resiste firme.

175 Gatos e ratos

Nenhuma cidade brasileira concentra tantas celebridades. Também nenhuma outra tem a legião de fotógrafos que, com teleobjetiva a postos, as perseguem pelas ruas e praias.


176
Sopa de letrinhas

Cidade musical por excelência, o Rio é também o paraíso dos MCs e dos DJs. Os primeiros povoam os bailes funk do subúrbio, os últimos, a noite eletrônica e descolada.

177 O pé de valsa de Botafogo

Em sua academia, Carlinhos de Jesus ensinou muita gente a soltar a cintura. E ainda injetou criatividade na comissão de frente da Mangueira.

178 O milésimo gol do Rei

Foi aqui, no Maracanã, que Pelé, então jogador do Santos, cravou a marca histórica, em um pênalti contra o Vas-co em 1969.

179 Hino com grife

Testemunho do passado grandioso do clube, o hino do América foi composto por Lamartine Babo, seu torcedor fanático.

180 Gigante dos esportes

Se Pelé foi o rei dentro de campo, João Havelange reinou do lado de fora. Nadador e jogador de polo aquático, ele foi presidente da Fifa por 24 anos. Entre seus feitos está tornar o futebol uma paixão e um grande negócio global.

181 O chefão da estrela solitária

O técnico Joel Santana, do Botafogo, é quase imbatível quando o assunto é Campeonato Carioca. De prancheta na mão e bom humor nas entrevistas, é figura querida até por adversários.

182 Ele manda no vôlei

Bernardinho é o cara quando se trata de voleibol. Ele simplesmente detém mais de trinta títulos, um recorde na história do esporte. Não por acaso, é o técnico da Seleção Brasileira Masculina desde 2001.

183 Luxo de campeão

Com lustre de cristal e vitrais franceses, o Salão Nobre do Fluminense é uma beleza. Foi cenário para filmes como Dona Flor e Seus Dois Maridos e séries de TV como Anos Dourados.

184Gentileza gera gentileza

Bordão de José Datrino, nascido em 1917, em São Paulo, falecido em 1996. A máxima nasceu pichada em um muro e hoje estampa camisetas e adesivos.

185 O artífice da beleza

Ivo Pitanguy, o mais conceituado cirurgião plástico do Brasil, escolheu o Rio para morar, trabalhar e ? por que não? ? curtir a vida.

186 À altura do titular

O Estádio João Havelange foi levantado para o Pan 2007. Como o Maracanã, passou a ser conhecido pelo nome do bairro onde foi construído. Bonito e moderno, o Engenhão terá papel fundamental na Olimpíada de 2016. Por ora, ele substitui o outrora “maior do mundo”, fechado para obras, e recebe os clássicos do Estadual.

187 A musa do piscinão de Ramos

A atriz Regina Casé floresceu à sombra do besteirol nos anos 80 e se tornou símbolo do bom humor. Aos personagens impagáveis na TV ela junta incursões à periferia, como a que lhe deu o título de a Musa do Piscinão de Ramos.

188 A ex do Eike

Mulher do homem mais rico do Brasil quando ele ainda era um ilustre desconhecido, Luma de Oliveira foi a responsável pelo upgrade das rainhas de bateria. Depois de anos afastada, volta agora ao Carnaval como musa do camarote de uma cervejaria.

189 A estátua do velho guerreiro

O animador de auditório Chacrinha jogava bacalhau para o auditório e dava um abacaxi aos piores calouros. Ganhou merecida homenagem com uma estátua no Jardim Botânico.

190 Rede de botecos

Até os botequins podem ter seu lado de corporação. É o que provam as redes Devassa, Botequim Informal, Conversa Fiada e Belmonte.


191
O boneco do xixi

Mau exemplo para a molecada que se alivia nas ruas da cidade, a fonte com o menininho fazendo pipi é uma réplica do Manneken Pis, de Bruxelas.


192
Paraíso dos gringos

A Zona Sul do Rio é o reduto mais cosmopolita do país. Os estrangeiros são tantos e falam tantas línguas diferentes que ninguém repara mais.

193 Da tv ao cinema

Carioquíssima, a produtora Conspiração Filmes surgiu em 1991 para fazer peças publicitárias e videoclipes. Hoje é uma potência do cinema, com filmes como 2 Filhos de Francisco e Lope.


194
A pequena notável

Como o próprio nome deixa claro, a Prainha é acanhada. Localizada entre Grumari e o Recreio dos Bandeirantes, tem apenas 150 metros de extensão e é protegida por morros cobertos de Mata Atlântica. Completam a paisagem de beleza única a areia clara e a água cristalina, com ondas sob medida para os surfistas.

195 Nada de bolsas na pista

Na Estudantina e na Elite, gafieiras tradicionalíssimas, dançar coladinho é uma arte. A música, tocada ao vivo, mistura samba com boleros. Entre as regras expostas na parede está a proibição de bolsas na pista.

196 À beira do penhasco

Que paisagem é aquela? Que marzão é aquele? A Avenida Niemeyer é um bálsamo para quem está preso no trânsito entre a Barra e o Leblon. Basta olhar para a direita.

197 Pérola escondida

Com apenas 100 metros de comprimento, a Praia da Joatinga fica próxima de São Conrado. Para chegar a ela, você tem de pedir “por favor” ao porteiro de um condomínio e, depois, descer a pé por escada íngreme.

198 A bela sem pudor

Em sua vida fugaz ? ela morreu aos 27 anos, em 1972 ?, Leila Diniz brilhou com uma intensidade raramente vista. Desbocada, linda e ousada a ponto de no final da gravidez ir à praia de biquíni (nenhuma mulher fazia isso), ela virou um ícone da liberação feminina.

199 Ao balanço das horas

Desde os anos 40, o relógio da Central marca o tempo no Centro, a 110 metros de altura. O ponteiro de minutos mede 7,5 metros, e o das horas, 5,35 metros. Juntos, os dois pesam 450 quilos.

200 Cachaça de primeira

Essa é para quem não tem vergonha de apreciar uma boa pinga. Na Academia da Cachaça do Leblon, é possível sorver destilados refinados como a carésima Anísio Santiago, de Minas Gerais. Cada dose sai a 28 reais.

201 Ciclismo

O Rio é o paraíso das bicicletas. Só de ciclovias são quase 150 quilômetros de pistas. O objetivo é chegar a 300 quilômetros até 2012, marca que nenhuma outra cidade brasileira alcançou.

202 Corrida

À beira do mar ou da Lagoa, a corrida faz parte da vida do carioca. Estima-se que 200 000 pessoas pratiquem o esporte na cidade. O cenário, com certeza, é um estímulo a mais.


203
Frescobol

Criação genuinamente carioca, surgida após o fim da II Guerra Mundial nas areias de Copacabana. Bom para queimar calorias (250 por hora) e se bronzear ao mesmo tempo.

204 Remo

Todos os dias, ainda antes do amanhecer, remadores do Flamengo, do Botafogo e do Vasco da Gama cruzam em grupo as ruas em torno da Lagoa carregando seus barcos. Cena típica carioca.

205 Surfe

O esporte tem a cara do Rio desde quando nem era considerado coisa muito séria. Hoje atrai praticantes de todas as idades e ainda é usado como elemento de integração social em projetos filantrópicos.

206 Futebol na areia

Difícil à beça de jogar, a prática cresceu entre nós pelas mãos (e pés) de Júnior, Júnior Negão, Edinho e Cláudio Adão, entre outros. Já popular, ganhou a alcunha de beach soccer.

207 Voo livre

Esporte que sempre se confundiu com programa turístico, alcançou novo patamar a partir do trailer da animação Rio, de Carlos Saldanha, criador da grife A Era do Gelo.

208 O bairro do Roberto

Com seus traços característicos e arrojados vãos livres na fachada, a sede da Petrobras é há quatro décadas um dos marcos da Esplanada de Santo Antonio, no Centro.

209 O mercado do povão

Criado há cinquenta anos, o Mercadão de Madureira é uma feira de comércio popular frequentada por 80 000 pessoas por dia. Esse número quase dobra nas datas festivas.

210 Ousadia na esplanada

Com seus traços característicos e arrojados vãos livres na fachada, a sede da Petrobras é há quatro décadas um dos marcos da Esplanada de Santo Antonio, no Centro.

211 Buraco do Lume

A Praça Mario Lago é território de manifestações políticas e encontros do gênero, principalmente às segundas e sextas. Quando a fome bater, o cachorro-quente de linguiça do Bar do Gaúcho está logo ali, à disposição.

212 Clássico tijucano

No mapa da boemia, o boteco Dona Maria é frequentado por compositores como Aldir Blanc e Moacyr Luz, seus vizinhos da Rua Garibaldi, na Usina, Tijuca. Destaque para a feijoada. Mas a grande pedida é o bolinho de vagem.

213 O faz-tudo do showbiz

Muitos podem se perguntar: qual é a profissão do Luiz Carlos Miele? Cantor? Mais ou menos. Apresentador? Humorista? Pode ser. Produtor de shows na bossa nova, esse paulista é um típico caso de carioca por vocação.

214 Aqui pode pôr Ketchup

Um dos símbolos do Leblon, a Pizzaria Guanabara entra na lista pela badalação. Já a pizza é tão sofrível que adicionar ketchup e mostarda à cobertura não é nenhuma heresia.

215 Bicho-grilo com grana

A Feira Hippie de Ipanema, na Praça General Osório, é alternativa só na fachada. O grande negócio é atender ao hippie chique, ao turista gringo e ao bicho-grilo endinheirado.

216 O nosso cisne

Primeira-bailarina do Theatro Municipal do Rio desde 1981, Ana Botafogo é, de longe, a bailarina clássica mais popular do país. Prêmio pela paixão, disciplina e dedicação de uma artista que dança com graça há 35 anos.

217 “Atirou, entrooou”

O grito é a marca registrada do mais experiente locutor esportivo da rádio carioca, José Carlos Araújo. Conhecido como Garotinho, ele tem outros cacos, como “golão, golão” e “voltei”.

218 O criador da louraça belzebu

Observador agudo do comportamento carioca, o compositor Fausto Fawcett tem dois clássicos no currículo: Kátia Flávia e Rio 40 Graus.

219 Mineiro do Rio

O cartunista, chargista e escritor Ziraldo, que há décadas mora na cidade, sempre emprestou seu traço a várias causas, como a Feira da Providência. É também um dos fundadores da Banda de Ipanema. Embora tenha nascido em Caratinga (MG), é carioca de coração.

220 Pioneiro do funk

Fernando Luís Mattos da Matta, o DJ Marlboro, é um ídolo no subúrbio. Está na ativa desde 1977, época em que organizava festinhas conhecidas como hi-fi.

221 Big band descolada

Fundada em 2002 por descolados como Rodrigo Amarante (dos Hermanos), Moreno Veloso, Nina Becker, Thalma de Freitas e Rubinho Jacobina, a Orquestra Imperial deu uma pegada contemporânea à gafieira.


222
Igualzinho a Portugal

Ao forno, com purê de batatas, cebola e maionese, o bacalhau é o carro-chefe do Adegão Português, tradicional restaurante de São Cristóvão. Vale a visita.

223 O Canecão do Méier

Casa de espetáculos do bairro, o Imperator já foi cinema e recebeu shows históricos de Caetano Veloso, Tom Jobim, Roberto Carlos e Bob Dylan. Nos últimos tempos estava abandonado, mas agora será transformado em centro cultural.

224 O glamour dos cavalinhos

A fase não é das melhores, mas uma vez por ano o Hipódromo da Gávea recebe o badalado GP Brasil,

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