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10 Perguntas para: Carlos Alberto Parreira

Coordenador técnico da seleção brasileira comenta a vitória da seleção no Maracanã, a evolução na formação de um time para a Copa e o estilo de comando de Felipão

Por Caio Werneck
Atualizado em 5 dez 2016, 14h21 - Publicado em 10 jul 2013, 20h08

1- A vitória de 3 a 0 diante da Espanha superou aquele inesquecível jogo contra o Uruguai no mesmo Maracanã, em 1993, que classificou a seleção treinada pelo senhor para a Copa do Mundo do ano seguinte?

Os dois jogos foram importantíssimos. Se perdêssemos aquela partida, estaríamos fora da Copa pela primeira vez. Havia um componente emocional muito grande. Naquela ocasião estavam presentes 120?000 torcedores, mas não com a intensidade de agora, cantando o hino a capela. A torcida estava com saudade dessa seleção vibrante.

2- O Brasil já pode ser apontado como favorito para 2014?

Ainda não. Há seleções formadas há mais tempo, como a própria Espanha. Nós estamos montando o time. A gente avançou e comeu etapas. Em quatro meses fizemos um time competitivo, que dá esperança para a Copa.

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3- O senhor aponta uma equipe que pode surpreender?

Nunca ninguém acerta essas previsões. Em 2002, o mundo todo dava França e Argentina como favoritas e elas não passaram da primeira fase. A equipe tem de crescer no momento certo. E hierarquia é fundamental. Por isso, Alemanha, Itália, Brasil e Argentina são sempre favoritos.

4- A Espanha estava superestimada?

Não, absolutamente. Fazia 29 jogos que ela estava invicta. O Brasil é que se superou e jogou muito, com o coração e qualidade técnica.

5- O que falta aprimorar?

Os adversários fizeram muitos gols fáceis na gente. Um passe errado do zagueiro, uma bola perdida bobamente no meio são detalhezinhos que no final podem comprometer um título. Copa do Mundo é erro zero e eficiência máxima.

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6- O Brasil ainda tem muito que aprender taticamente com os europeus, como pregam alguns?

Isso é a maior falácia. Eles e nós jogamos da mesma forma. O Brasil está desatualizado?

Nós ganhamos recentemente de quatro campeões mundiais: França, Uruguai, Itália e Espanha.

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7- O brilho de Neymar na competição põe por terra a tese de que ele só vai evoluir jogando no exterior?

O jogador não vai para a Europa para aprender a jogar, mas, sim, para crescer como profissional. Ronaldo, Ronaldinho e Kaká foram para lá e voltaram melhores, sem perder o estilo brasileiro. Neymar já provou que não precisa jogar fora para ser bom. Ir para a Europa será benéfico porque ele vai agregar novos valores.

8- A comissão usou as manifestações das ruas para motivar a seleção?

Não misturamos esporte com política. Esse assunto foi conversado entre comissão técnica e jogadores, e chegamos à conclusão de que a seleção não era o local próprio para fazer demonstração, embora todos nós estivéssemos conscientes sobre o momento crítico pelo qual o país ainda passa. Mas os jogadores tiveram toda a liberdade de se pronunciar nas redes sociais.

9- O Felipão sempre esquentado à beira do gramado condiz com o que ele é fora dali?

Não, Felipão é uma figura doce, transparente, um sujeito bom de lidar, brincalhão e gozador. Estou muito feliz de trabalhar com ele.

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10- Ainda encontra tempo para pintar, que é seu antigo hobby?

Não consigo mais parar para pintar. Estou sentindo falta. Agora é só fotografar os netinhos.

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