Aluno da Faculdade Nacional de Filosofia, que funcionava na Avenida Presidente Antônio Carlos, no Centro, Ruy Castro raramente podia ser visto em sala. Aos 20 e poucos anos, seu destino eram as livrarias e os sebos das ruas vizinhas, onde ficava enfurnado durante todo o horário das aulas. “Comprei coisas maravilhosas ali que tenho até hoje, entre as quais uma coleção completa dos livros de Charlie Chan, da editora Vecchi, com aquelas capas incríveis”, recorda o escritor, biógrafo de Nelson Rodrigues, Carmen Miranda e Garrincha. Quarenta anos depois, vasculhar as prateleiras da região continua sendo um de seus programas favoritos na cidade. “Gosto de passear por lá para ver o que há de novo nas barraquinhas e lojas, e depois ainda paro para comer uma omelete no Paladino, casa centenária que fica ali perto”, dá a dica o autor, que participará neste domingo (1º) de um bate-papo em comemoração aos trinta anos da Bienal do Livro, no Riocentro.