Vá entender as mulheres. Na década de 90, uma bolsa simples, com tiragem inicial de cinquenta exemplares, que a princípio seriam distribuídos apenas às clientes de alta fidelidade da marca, caiu nas graças das cariocas e virou um case do mercado da moda, com mais de 30 000 unidades vendidas. “Eu mesma nunca entendi o sucesso de um retângulo de plástico com um zíper”, revela, com bom humor, a estilista Fernanda Chies, criadora da peça em questão. Após ser fartamente clonado por outras marcas e camelôs até desaparecer de vez da praça, o acessório vai ser reeditado pela grife. Parece mentira, mas ela jura que não quer repetir o êxito comercial daquela época, sob o risco de voltar a ter uma enorme dor de cabeça. “Foi um período de loucura para mim”, lembra. “Chegavam a ligar para a secretária do escritório vizinho implorando para ela entrar na fila.”