CONCERTO
Philip Glass. Aos 74 anos, poucas foram as searas musicais que o compositor e pianista americano não frequentou. Autor de obras sobretudo minimalistas para piano-solo, além de sinfonias, ópera e trilha sonora de cinema e teatro, ele colaborou com figuras tão distintas quanto Paul Simon, Linda Ronstadt, Yo-Yo Ma, Doris Lessing e Leonard Cohen. Glass toca na quinta (15), no Theatro Municipal, explorando um novo caminho: apresenta-se na companhia de um instrumentista apenas, o violinista americano Tim Fain, a quem dedicou Partita para Violino Solo. A peça em sete movimentos está incluída no programa. Juntos, eles interpretam The Orchard, France, The French Lieutenant ? três composições de uma montagem de 1989 para Os Biombos, de Jean Genet ? e Pendulum. Sozinho no palco, o músico apresenta dois estudos para piano, de uma série de dezesseis, e três movimentos de Metamorphosis, também de 1989.
SHOW
Pedro Jóia. Um dos grandes nomes da guitarra portuguesa, o instrumentista também estudou a fundo o violão flamenco de seus vizinhos espanhóis e, entre 2003 e 2006, morou no Brasil ? período em que estreitou laços com artistas como Ney Matogrosso e Elba Ramalho. Virtuoso, fundiu influências variadas em um estilo único, de melodias raras que emprestam novo colorido à tradição musical de seu país. Depois de tocar na semana passada em São Paulo com o conterrâneo António Zambujo, ele sobe ao palco do Solar de Botafogo na terça (13) para um recital-solo. Estão garantidas Meditanto, Ciganita e Fado Armandinho, homenagem ao compositor Armando Augusto Freire (1891-1946), um dos responsáveis pela popularização do fado numa época em que o gênero ainda era visto com preconceito. Participações do violonista Marcello Gonçalves e do bandolinista Ronaldo do Bandolim conferem um toque brasileiro à apresentação ? reforçado pela inclusão no repertório de Santa Morena, de Jacob do Bandolim.