VEJA RIO premia personalidades na cerimônia Cariocas do Ano
Em celebração comovente, VEJA RIO destacou o talento e as iniciativas de doze cariocas de nascimento ou por adoção que se destacaram ao longo do ano
Foi difícil segurar a emoção durante a décima entrega do Cariocas do Ano, promovido por VEJA RIO, nos salões do Copacabana Palace na noite de terça (6). Homenageada na categoria música, aos 94 anos, Dona Ivone Lara soltou a voz junto com a sambista Teresa Cristina, encantando os convidados com os versos da canção Sonho Meu. No ano em que é comemorado o centenário do samba, a cantora e compositora comoveu a plateia: “Eu queria saber discursar para explicar como estou feliz! Isso representa tudo na minha vida”, disse Dona Ivone, bastante tocada, frente à plateia que a aplaudia de pé. A cerimônia, aberta com uma performance de Carlinhos de Jesus, exaltou personalidades que se destacaram nas mais variadas áreas em 2016, de projetos de filantropia, ciência e saúde, passando pelo mundo esportivo, à dramaturgia. Marina Ruy Barbosa e Cauã Reymond brilharam não só nas telinhas, como na festa. “Nem nos meus melhores sonhos imaginei receber um prêmio das mãos da Lilia Cabral”, festejou a protagonista do sucesso Totalmente Demais. “Eu queria agradecer à minha mãe, que falou que eu seria ator quando fez meu mapa astral e só acreditei 28 anos depois”, brincou Cauã, que subiu ao palco sob gritos fervorosos da parte feminina da plateia.
Em outro momento bastante emocionante, um dos neurocirurgiões mais respeitados do Brasil, Paulo Niemeyer, entregou o prêmio à pediatra Fernanda Fialho pelo projeto desenvolvido no Instituto Estadual do Cérebro que trata bebês com microcefalia. Quem também se comoveu com o reconhecimento foi Daniel Hertz, criador da ONG Gastromotiva e do Refettorio, na Lapa, que trouxe alguns dos maiores chefs do mundo para cozinhar para a população carente do Rio. “Em uma cidade partida, com tanta desigualdade, queremos usar a gastronomia para combater a pobreza, a malnutrição e a fome”, afirmou, tentando conter as lágrimas. Outra mensagem bastante positiva foi deixada por Diego Hypolito, medalhista de prata na Rio 2016. Ao receber o troféu das mãos da irmã, Daniele, o ginasta lembrou percalços vividos ao longo de sua trajetória. “Senti vergonha e me questionei se era realmente merecedor, mas nunca desisti e sempre continuei treinando. No final, o que vale são os nossos esforços. Ser medalhista na Olimpíada que aconteceu na nossa casa foi um momento único”, encerrou.
Apresentada pela jornalista Glenda Kozlowski, a premiação ainda celebrou o criador do site Sensacionalista, Nelito Fernandes, o idealizador do AquaRio, Marcelo Szpilman, e o sucesso da cantora Anitta nos palcos. Ex-ministro da Cultura, o diplomata carioca Marcelo Calero entregou o troféu de carioca do ano ao amigo de infância, Rony Meisler, pelo trabalho à frente da grife de roupas masculinas Reserva. “Ser carioca é um estilo de vida. Como poucos, ele foi capaz de traduzir isso em uma marca que consegue captar muito bem o espírito da nossa cidade. Rony soube se reinventar e diversificar como poucos empresários, o que é muito importante para sobreviver nestes momentos mais difíceis”, frisou Calero. Debora Bloch, exaltada por seu papel na peça Os Realistas, recebeu a estatueta do próprio pai, o ator Jonas Bloch. O diretor Luiz Fernando Carvalho, cultuado pelas qualidades e pela ousadia visual da novela Velho Chico, ganhou o troféu das mãos da atriz Maria Fernanda Cândido e do ator Marcelo Serrado. Em um ano difícil sob diversos aspectos, a noite foi uma grande celebração dos bons momentos de 2016.