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Vagas temporárias no comércio do Rio devem cair 30%

Cerca de 10 mil trabalhadores temporários devem ser contratados neste fim de ano, enquanto na mesma época do ano passado foram 15 mil

Por Agência Brasil
Atualizado em 5 dez 2016, 11h45 - Publicado em 16 out 2015, 14h19
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shopping_vazio (Agência Brasil/)
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O comércio lojista da cidade do Rio de Janeiro deve contratar 30% menos trabalhadores temporários para o fim do ano e durante o verão, na comparação com o ano passado. Segundo pesquisa do Clube de Diretores Lojistas do Rio (CDLRio), cerca de 10 mil trabalhadores temporários devem ser contratados neste fim de ano, enquanto na mesma época do ano passado foram cerca de 15 mil. O estudo revela que, das 500 empresas consultadas, 43% pretendem contratar para esse período, 37% já disseram não planejar novas admissões e 19% ainda não decidiram.

O presidente do CDLRio, Aldo Gonçalves, explica que diante do cenário econômico de dificuldades, especialmente para o comércio, a expectativa é bastante reduzida porque o consumidor tem receio de ir às compras. Ele listou as dificuldades do consumidor que impedem maior aumento nas vendas de fim de ano: “a inflação alta, que corrói o salário, diminuindo o poder de compra; os juros altos, que prejudicam tanto o comerciante quanto o consumidor; e o desemprego, que é mortal para o comércio porque quem não tem trabalho não pode consumir”.

“Isso é reflexo do momento difícil que estamos passando na economia. É um cenário bastante nebuloso, com muitas incertezas. Atualmente, o empresário tem receio de investir e o consumidor tem receio de comprar. Isso é o pior dos mundos.”

No entanto, apesar dos problemas econômicos que o país atravessa, Gonçalves afirmou que os lojistas têm esperança de que a vendas melhorem, principalmente no Natal. “É a grande data do ano para o comércio, que precede a alta temporada do verão, a estação mais importante para a economia carioca, já que a cidade recebe grande número de turistas do país e do exterior. A combinação desses dois fatores, associada ao otimismo, que é a marca do Natal para o comércio, motivaram essa estimativa de contratação dos temporários”, disse o presidente do CDLRio.

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Para boa parte do comércio, o movimento do fim do ano representa percentual importante das vendas durante todo o ano. Segundo Gonçalves, em alguns segmentos, isso chega a 30% ou 40% da venda anual.  “Então, é preciso reforçar a equipe para não perder vendas e oferecer bom atendimento ao consumidor. Isso é uma tradição do comércio no Brasil todo. Nesta época do ano, quando as vendas são bem mais fortes, são contratados os temporários.”

A pesquisa mostrou ainda que 40,6% dos empresários consultados responderam que há a possibilidade de efetivação de cerca de 15% dos trabalhadores. “Em média, os temporários contratados ficam em outubro, novembro e dezembro. Alguns ficam mais tempo para cobrir as férias dos comerciários em janeiro. Além de outros que são efetivados, esse percentual é da ordem de 15% a 20%.”

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