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Dois anos depois, UniRio demite professor denunciado por assédio sexual

Leonardo Ávilla era coordenador de um laboratório da instituição que estuda mamíferos extintos; ele foi denunciado por pelo menos 23 ex-alunas

Por Da Redação
4 out 2023, 14h10
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Leonardo dos Santos Ávilla: defesa do professor negou as acusações e afirmou que ele "nunca utilizou a posição dele para obter vantagem sexual contra qualquer tipo de aluno".  (./Reprodução)
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Alvo de denúncias de assédio sexual e moral a ex-alunas em 2021, o professor Leonardo dos Santos Ávilla foi demitido pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio). A portaria que determina a demissão do professor foi publicada em edição do Diário Oficial da União desta quarta (4) e é assinada pelo reitor José da Costa Filho. A instituição confirmou a demissão em sua página na internet. No texto, a universidade informou que após investigação interna não restaram dúvidas sobre o ocorrido. “A Comissão de Processo Administrativo Disciplinar (PAD) teve acesso a relatos e provas apresentados pelas vítimas que não deixaram dúvidas sobre a prática de assédio sexual”, diz o texto.

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O caso ganhou repercussão em dezembro de 2021, após reportagem do Fantástico, da TV Globo. Ávilla atuava como professor de paleontologia e chefiava o Laboratório de Mastozoologia da Unirio, responsável por estudo de mamíferos extintos. A reportagem conversou com 23 pessoas que disseram que foram vítimas de abusos. Segundo elas, os casos aconteceram entre 2007 e 2021. As ex-alunas afirmaram que eram bolsistas e que o professor tinha o poder de cortar o benefício e expulsá-las do programa. Também há relatos de retaliação na produção acadêmica, como a supressão de créditos em artigos e o arquivamento de pesquisas. Na ocasião, a defesa do professor negou as acusações e afirmou que ele “nunca utilizou a posição dele para obter vantagem sexual contra qualquer tipo de aluno”.

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Ávilla foi alvo de um processo administrativo disciplinar, que tramitou até julho deste ano. Após as investigações, a universidade optou pela demissão por prática de conduta escandalosa. Segundo a portaria, para a decisão foram considerados “a natureza e a gravidade das transgressões praticadas, os danos decorrentes para o serviço público, bem como as circunstâncias”.

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