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Dez trilhas sonoras que marcaram o cinema

A pedido de VEJA RIO, o crítico e jornalista Marcelo Janot listou dez trilhas de filme emblemáticas da história do cinema. Confira e ouça a seleção

Por Louise Peres
Atualizado em 5 dez 2016, 14h49 - Publicado em 28 mar 2013, 21h09
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trilhas-de-cinema-pulp-fiction.jpg (Redação Veja rio/)
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Muitos filmes não seriam o que são se não tivessem, a serviço de roteiro e direção incríveis, uma retumbante trilha sonora. Tão relevante para a construir uma história nas telas quanto os personagens, o figurino e a fotografia, uma boa canção pode se tornar até sinônimo da obra. É justamente a importância da música nessas narrativas que o crítico de cinema e jornalista Marcelo Janot vai abordar em quatro encontros no Pólo de Pensamento Contemporâneo. A partir de terça (2), no curso A música no cinema: um passeio pelas trilhas de oito cineastas, ele vai analisar a estética musical de Stanley Kubrick, David Lynch, Alfred Hitchcock, Bernardo Bertolucci, Quentin Tarantino, Sergio Leone, Steven Spielberg e George Lucas. Ficou curioso? Abaixo ele adianta para VEJA RIO uma seleção de dez trilhas que marcaram a história do cinema, comentando uma a uma. Veja quais são e ouça ? e conclua que em algum momento da vida você escutou, senão todas, várias delas.

1. PSICOSE

?Impossível escutar o tema composto por Bernard Herrmann e não morrer de medo?, diz Janot. De fato, a canção do filme de Hitchcock virou sinônimo de suspense. ?O efeito é assustador graças à música combinada com a montagem, já que efetivamente não se vê a faca penetrando o corpo da mulher.?

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2. STAR WARS

?Boa parte do sucesso do épico intergaláctico dirigido por George Lucas se deve à musica de John Williams, que trouxe de volta os temas orquestrais melódicos da era de ouro do cinema e os identificou com os heróis e vilões da trama?, avalia o crítico.

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3. TUBARÃO

?Aqui, John Williams faz da repetição das mesmas notas o pano de fundo para o pânico crescente, o medo do perigo que está em algum lugar mas não se vê?, descreve Janot. ?E Steven Spielberg usa isso com maestria.?

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4. 2001, UMA ODISSEIA NO ESPAÇO

Um fato curioso: Stanley Kubrick tinha encomendado uma trilha sonora original para o seu filme. ?Mas as músicas que ele usou para tapar os buracos durante a montagem funcionaram tão bem que ele decidiu mantê-las. E pôs o Universo pra dançar ao som de Strauss, de uma maneira que a música clássica nunca mais foi escutada da mesma forma?, afirma ele.

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5. PULP FICTION

?Com um cinema cheio de referências a elementos da cultura pop, Quentin Tarantino se especializou em levar para suas trilhas a sua vasta cultura musical, e a trilha de Pulp Fiction foi uma daquelas em que músicas como ?Misrlou? e ?You Never Can Tell? grudaram nos personagens e situações do filme até hoje.? Abaixo, ouça a primeira.

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6. ERA UMA VEZ NO OESTE

Janot lembra também os icônicos do estilo faroeste. ?A parceria entre o diretor Sergio Leone e Ennio Morricone rendeu algumas das trilhas mais inesquecíveis de todos os tempos, e isso se deve à maneira criativa como certos elementos de cena, como o sopro de uma gaita, são incorporados à trama e à trilha sonora.?

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7. O ÚLTIMO TANGO EM PARIS

?As doces melodias compostas por Gato Barbieri para este clássico de Bernardo Bertolucci figuram entre os momentos mais emocionantes e inesquecíveis de um cinema romântico e sensual. Felizmente não virou música de motel?, brinca ele.

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8. VELUDO AZUL

?O universo de sonhos que David Lynch costuma levar para as telas ganhou sua mais perfeita tradução nesta trilha marcante, que reúne composições de Angelo Badalamenti e canções como ?In Dreams?, de Roy Orbison?, lembra Janot. ?O cantor declarou que jamais imaginava que uma canção de amor singela como aquela pudesse ilustrar cenas tão bizarras. Mas adorou.?

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9. AMARCORD

Janot lembra também a parceria entre o diretor Federico Fellini e o compositor Nino Rota que entrou para a história do cinema. ?Rota conseguiu o que para muitos parecia impossível: traduzir, com seus temas melódicos, o singularíssimo universo de Fellini?, diz.

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10. BLADE RUNNER

?É o ápice da carreira de Ridley Scott e de Vangelis?, afirma o crítico. ?Aquele espetáculo visual futurista, com a história do caçador de androides que se envolve com a replicante, não teria o mesmo impacto se não fosse a música de Vangelis.?

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Serviço

A música no cinema: um passeio pelas trilhas de oito cineastas. Polo de Pensamento Contemporâneo. Rua Conde Afonso Celso, 103, Jardim Botânico, tel. 2286-3299. Quatro aulas, às terças, de 19h30 às 21h30. Valor: Duas parcelas de R$ 180,00.

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