Transplante que parou a Linha Vermelha influencia filho de receptora
Homem resolveu virar doador após a odisseia da família para chegar a tempo no hospital
O transplante de fígado que parou a Linha Vermelha foi realizado com sucesso, e um dos filhos da paciente que recebeu o órgão na terça (1), em hospital na Zona Sul, decidiu que será doador de órgãos, assim como o capixaba que ajudou Maria Elena Gouveia, sua mãe. “Agora tudo mudou e eu quero ser doador”, disse Nilton Gouveia.
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O transplante começou às 9h e durou quatro horas. A paciente de 69 anos reagiu bem e se recupera, de acordo com a equipe médica. O doador é um homem de 55 anos do Espírito Santo, que teve morte encefálica.
Maria Elena Gouveia precisou do transplante por ter sido diagnosticada com doença hepática grave e câncer no fígado. Ela tem dois filhos e quatro netos, e vive em uma comunidade em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. Na data marcada para o transplante, quase não conseguiu chegar a tempo por causa de um tiroteio.
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A família foi comunicada na noite de segunda (30), mas só conseguiu sair de casa no fim da madrugada de terça por causa de um tiroteio. O fígado chegou ao Rio de avião e, para chegar ao Hospital Adventista Silvestre a tempo, contou com a ajuda dos agentes de trânsito para atravessar a Linha Vermelha. O trânsito foi fechado no começo da manhã para que o carro da Secretaria Municipal de Saúde atravessasse a via.