Traficantes barram serviço da Claro no Estácio para impor internet própria

Eles espalham sinal clandestino por outros bairros da Zona Norte, como Penha, Brás de Pina, Cordovil e Piedade

Por Da Redação
12 mar 2025, 14h04
zona-norte
Zona Norte: traficantes impedem entrada de técnicos de operadora de internet para impor 'gatonet' em diversos bairros  (AvanRJ/Wikipedia/Reprodução)
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Moradores de um condomínio Minha Casa, Minha Vida no Estácio, na região Central da cidade, estão há 25 dias sem internet. Isso porque traficantes cortaram os cabos da operadora Claro e impedem que técnicos realizem os reparos, para que os consumidores sejam obrigados a comprar o “gatonet”, banda larga do tráfico no Morro do São Carlos.

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O problema com o fornecimento do sinal no Estácio começou em fevereiro. Moradores e comerciantes dizem que quando ligam para a Claro são avisados de que não há previsão para a normalização do serviço. Em uma mensagem gravada, a empresa atribui a não prestação do serviço à falta de segurança. “Sua região enfrenta problemas de segurança pública e, por medida preventiva, as equipes técnicas estão impossibilitadas de entrar na região e prestar qualquer atendimento no local em razão de ameaças físicas aos técnicos”, diz a gravação. Em nota, a empresa, a operadora informa que traficantes impedem técnicos de restabelecer a internet em algumas ruas residenciais do bairro.

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Outros bairros da Zona Norte do Rio passam pelo mesmo problema, entre eles Penha, Brás de Pina, Cordovil e Piedade. Segundo a Conexis Brasil Digital, que representa as maiores operadoras de telecom do país, o problema tem ocorrido em alguns estados do país, incluindo o Rio de Janeiro. “Em alguns estados o problema do roubo e vandalismo de cabos, geradores, baterias, entre outros equipamentos, se soma ao bloqueio de acesso das equipes das prestadoras para a manutenção de seus equipamentos, usados para a prestação do serviço. As operadoras ficam sem acesso aos equipamentos e impedidas de dar a manutenção necessária à prestação do serviço”, informa, em nota. O setor de telecomunicações defende uma ação coordenada de segurança pública envolvendo o Judiciário, o Legislativo e o Executivo, tanto o federal, quanto os estaduais e municipais, e a aprovação de projetos de lei no Congresso Nacional (PL 4872/2024, PL 3780/2023 e PL 5846/2016) que aumentem a punição para esses crimes e ajudem a combater essas ações criminosas”.

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