Tolueno: força-tarefa tenta descobrir empresa responsável por contaminação
Agentes realizaram dezesseis mandados de busca e apreensão em empresas que poderiam usar o poluente em suas produções
Uma força-tarefa foi iniciada nesta segunda (8) pelo Governo do Estado para descobrir o responsável pelo vazamento na Estação de Tratamento de Água (ETA) Imunana-Laranjal do tolueno, substância tóxica encontrada em quantidade acima do permitido na última semana. Agentes da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) e da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD), da Polícia Civil, com o apoio do setor de pós-licença do Instituto Estadual do Ambiente (INEA), realizaram dezesseis mandados de busca e apreensão em empresas que utilizariam o elemento em suas produções, perto do Rio Guapuaçu.
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As buscas foram feitas em quinze empresas no bairro de Sambaetiba, e uma no Caluge, em Itaboraí. Do total, catorze delas ficam no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Foram intimados também seis responsáveis-técnicos de empresas do Comperj, para a prestação de depoimento e vistoria de documentos.
O vazamento do poluente deixou cerca de 2 milhões de moradores de Niterói, São Gonçalo, parte de Maricá, Itaboraí e da Ilha de Paquetá sem água na última semana. Utilizado para fabricar itens como cola, tinta borracha e gasolina, o tolueno pode causar de sintomas mais “leves”, como irritação dos olhos, garganta e pele, fadiga e sonolência, até mais graves, como insônia, náusea, perda de memória, entre outros.
A operação do Imunana-Laranjal foi suspensa na madrugada da última quarta-feira (3) e retornou somente na noite de sexta (5), quando foi observada uma quantidade do composto químico dentro do consumo normal. Foram mais de 54 horas sem fornecimento. A Cedae prevê a normalização do serviço de distribuição até esta terça (8).
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