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Para Thiago Lacerda

Aos 35 anos, ator se prepara para estrear nesta sexta (22), no Espaço Tom Jobim, uma montagem de Hamlet

Por Rafael Teixeira
Atualizado em 5 dez 2016, 15h03 - Publicado em 19 fev 2013, 12h26

Mais conhecido do público por seu trabalho na televisão, o ator tem desenvolvido sólida carreira no teatro. Curiosamente, seus últimos personagens no palco foram figuras de trajetória épica: em 2003, ele viveu ninguém menos que o filho de Deus na adaptação de O Evangelho Segundo Jesus Cristo, do português José Saramago. Cinco anos depois, interpretou o devasso imperador romano Calígula, na peça do franco-argelino Albert Camus. Aos 35 anos, Thiago Lacerda se prepara para estrear na sexta (22), no Espaço Tom Jobim, uma montagem de Hamlet ? seguindo a linha de personagens grandiosos, ele encarna justamente o atormentado príncipe da Dinamarca. Dirigida pelo niteroiense Ron Daniels, um especialista na obra de William Shakespeare, a peça foi bem recebida em São Paulo, onde cumpriu temporada no ano passado.

Viver em sequência Jesus Cristo, Calígula e Hamlet, três personagens tão grandiosos, não dá um certo receio? Sempre tive interesse por essas figuras épicas. Mas nada disso foi planejado. Tudo aconteceu de forma natural, e eu fui embarcando. No caso de Hamlet, recebi um convite e aceitei na hora. Já tinha uma série de referências a respeito do personagem, por todos os filmes baseados na peça e montagens que havia visto no teatro. É talvez a figura mais investigada da dramaturgia ocidental, mas não fiquei com medo das comparações.

Você já se sentiu alvo de algum tipo de preconceito por ser considerado um galã da Globo e estar encenando Shakespeare? Não sei o que as pessoas pensam, mas também não fico me preocupando. A gente precisa se manter firme contra certos preconceitos, e a melhor maneira de fazer isso é tocar o barco adiante, trabalhar. Não quero provar nada para ninguém, meu compromisso é com o meu ofício. Fico feliz de pensar que muita gente que vai ao teatro atraída pela fama que conquistei na televisão talvez esteja vendo uma montagem pela primeira vez.

Que história é essa de cortar o cabelo de maneira esquisita para a peça? Foi uma ideia que tive para transmitir ao público uma certa estranheza estética. O Hamlet é um enigma. Quando esse personagem aparece, a plateia entende que há algo de errado com ele. Resolvi traduzir isso pelo cabelo. Eu mesmo o corto antes de entrar em cena.

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