Quais são os tesouros da nova coleção de fósseis do Museu Nacional
Passando por momento trabalhoso de reconstrução, a instituição deve reabrir em abril de 2026
Uma nova coleção de fósseis foi integrada ao acervo do Museu Nacional, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), destacando dois de dinossauros que não estão descritos na literatura científica e são provavelmente dromessaurídeos. São 1.104 vestígios, na maior parte de plantas e de insetos, colhidos na Bacia do Araripe, entre os estados do Ceará, Pernambuco e Piauí.
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Frances Reynolds, do Instituto Inclusartiz, parceiro na empreitada, afirmou que a reconstrução do museu precisa incorporar a digitalização de peças e o fortalecimento das relações com outras instituições. A doação faz parte de uma união entre a iniciativa pública e privada, e os fósseis foram doados pelo colecionador Burkhard Pohl. “É preciso ter uma coleção de fósseis do Brasil no museu mais importante do país”, disse Pohl.
O presidente do Museu Nacional, Alexander Kellner, destacou a importância de parcerias com instituições públicas e privadas de várias partes do mundo para a reconstrução do acervo. As equipes já viajaram para Wyoming, nos Estados Unidos, e para o Egito. “É uma enorme tragedia, mas temos que olhar para frente e pensar na reconstrução. O Brasil precisa do Museu Nacional de volta”, afirmou, ao portal G1.
De acordo comKellner, o Museu Nacional deve ser reaberto em abril de 2026, após o enorme incêndio de 2018. “O que perdemos é grave e não temos como recuperar. Os fósseis e o material etnográfico. Nós temos que aprender com os nossos erros e merecer essas novas coleções. Por isso, essas doações são importantes”, afirmou.
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O Museu Nacional tem enorme importância histórica para o Rio e o Brasil, foi fundado em 1818 por Dom João VI, e residência da Família Real Portuguesa.