Tempo seco e fuligem fazem atendimentos aumentarem na rede pública de saúde
Segundo a Secretaria municipal de Saúde, houve aumento no número de casos de asma e bronquite entre janeiro e agosto deste ano, na comparação com 2023
A baixa umidade do ar e a fuligem das queimadas que se espalham pelo país estão provocando um efeito colateral já sentido nas unidades da rede municipal de saúde do Rio. Segundo o secretário de Saúde do Rio, Daniel Soranz, houve um aumento de 31,2% nos casos de asma e de 29,8% nos casos de bronquite aguda entre janeiro e agosto deste ano, em comparação com o mesmo período de 2023. E vai piorar: de acordo com o Alerta Rio, nos próximos dias a umidade relativa do ar poderá descer a níveis ainda mais baixos do que os atuais, variando entre 21% e 30% no período da tarde. Esse percentual está longe de ser o ideal considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 50% a 60%.
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“O problema da (falta de) umidade explica esse conjunto de sintomas mais alérgicos. Nesse período do ano, a gente percebe um aumento de doenças respiratórias. Quando a gente tem umidade do ar mais baixa é mais fácil pegar uma virose porque as partículas ficam mais tempos no ar e facilitam infecções e crises alérgicas”, disse Soranz ao Globo.
Dados da Secretaria municipal de Saúde mostram que, dos pacientes que tiveram sintomas respiratórios este ano, 46,4% foram por infecção por Rinovírus; 33,9% por Covid; 10,7% por Influenza; 5,4% por VSR; 2,7% por Adenovírus; e 0,9% por Influenza tipo B. Dos casos analisados, 43% dos pacientes não tinham patógenos — ou seja, as crises e sintomas foram causadas por questões alérgicas.
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“Recomendamos que as pessoas fiquem em ambientes arejados, deixem o sol entrar e estejam sempre com algum recipiente com água ou uma toalha molhada. Usar um umidificar de ar e plantas no ambiente ajudam a manter a umidade equilibrada. É importante também ficar atento aos ácaros e coisas que possam provocar mais alergias”, acrescentou o secretário. Ele orienta os cariocas a procurar um médico em caso de sintomas com mais gravidade, como febre ou falta de ar intensa. Para amenizar os sintomas mais leves, o ideal é beber sempre de dois a três litros de água por dia.