Taxistas engarrafam a cidade em protesto contra o Uber
Pela quarta vez neste ano, manifestação da classe contra o aplicativo provoca transtornos na rotina dos cariocas
Aconteceu de novo. Na última quarta-feira (11), em protesto contra o aplicativo de transporte Uber, taxistas do Rio tomaram as ruas para, em vez de trabalhar, atrapalhar. Cerca de 800 motoristas, no auge da manifestação, interditaram artérias do trânsito carioca, como a Praça da Bandeira, a Autoestrada Lagoa-Barra, os túneis Santa Bárbara e Rebouças e a Rua Pinheiro Machado. Diante do Palácio Guanabara, o direito constitucional de ir e vir permaneceu suspenso por quase três horas. No dia seguinte, os jornais foram tomados por relatos de pessoas prejudicadas pela confusão — atrasos no trabalho, na hora de buscar o filho na escola, gente passando mal, entre outros episódios. Também ganharam destaque notícias sobre ataques típicos de colegiais: ovos foram jogados contra taxistas que não aderiram à carreata. Apontado como líder do movimento, André de Oliveira já foi candidato a deputado federal com o apoio do secretário estadual de Transportes, Carlos Roberto Osorio. A prefeitura, por sua vez, reconheceu o transtorno provocado pelos militantes motorizados, mas não vai punir ninguém. Pela quarta vez só neste ano, parte da categoria decidiu transformar engarrafamento e chateação em arma de pressão política. Com o funcionamento autorizado pela Justiça, o Uber agradece: o serviço dos carros pretos registrou um aumento de 30% na procura ao longo do dia em que foi promovida a nova passeata amarela.