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Suspeita de envenenar namorado com brigadeirão tem dívida de R$ 600 mil

Dinheiro vinha sendo pago a cigana há cinco anos, em parcelas de R$ 5 mil, por trabalhos de 'limpeza espiritual'

Por Da Redação
Atualizado em 31 Maio 2024, 12h58 - Publicado em 31 Maio 2024, 12h57
Marcelo Antônio Ormond e Júlia Andrade Cathermol Pimenta
Marcelo Antônio Ormond e Júlia Andrade Cathermol Pimenta: brigadeirão suspeito aparece em últimas imagens da vítima, no elevador (Internet/Reprodução)
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Julia Andrade Cathermol Pimenta, suspeita de envenenar o empresário Luiz Marcelo Ormond com um brigadeirão, teve motivação econômica para a prática do crime. Segundo a polícia, Júlia, de 29 anos, não gostou de saber que o namorado, de 45, havia desistido de formalizar a união estável com ela. O corpo dele foi encontrado por bombeiros, em avançado estado de decomposição, no apartamento onde morava no Engenho Novo, na Zona Norte, no último dia 20. A suspeita do crime teria contado com a ajuda de uma cigana a quem devia R$ 600 mil e está foragida da Justiça. Contra ela há um mandado de prisão em aberto por homicídio qualificado.

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“A motivação é econômica. Nós temos elementos que a Júlia estava em processo de formalização de uma união estável com a vítima. Mas, em determinado momento, o que nos parece, é que a vítima desistiu da formalização da união”, disse ao portal G1 o delegado Marcos Buss, da 25ª DP (Engenho Novo), nesta quinta (30).

Em seu depoimento à polícia, Suyany Breschak, que se apresenta como cigana e conselheira espiritual da suspeita, disse sua fonte de renda era composta basicamente pelos “pagamentos de Julia” por “consultas e trabalhos espirituais”, além de “rendimentos de suas redes sociais”. Ainda de acordo com ela, ao longo do tempo Julia teria acumulado uma dívida de R$ 600 mil que vinha sendo paga em parcelas mensais de R$ 5 mil, por meio de depósitos bancários, há de cerca de cinco anos. Sobre a origem do dinheiro de Julia, a cigana afirmou que seria de programas sexuais, que realizava e da pensão que recebia do pai. Suyany foi presa por suspeita de participação no crime e, na noite de quinta (30), o juízo da Central de Audiência de Custódia de Benfica confirmou sua prisão temporária, que havia sido expedida pela 4ª Vara Criminal da Capital. Ainda no depoimento, ela contou que conversou por mensagens com Julia após a morte de Marcelo, e que a namorada do morto disse que “não estava suportando o cheiro do cadáver”. Segundo a declaração, Júlia teria dito ainda que viu um urubu na janela da residência.

No período de três dias em que ficou com o corpo de Marcelo dentro do apartamento, Julia levou o carro do empresário até a Região dos Lagos, onde o entregou para Suyany como forma de saldar parte da suposta dívida. O veículo foi encontrado em Cabo Frio. Ele estava com Victor Ernesto de Souza Chaffin, amigo de Suyany, que foi preso por receptação. Além do carro, ele estava com dois laptops e o telefone do empresário. Ao RJ TV, da TV Globo, o advogado de defesa de Suyany refutou as acusações e afirmou que provará a inocência de sua cliente.

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O corpo de Luiz Marcelo foi encontrado no dia 20 de maio, em seu apartamento. Ele não era visto pelos vizinhos, que desconfiaram e chamaram socorro, desde o dia 17. O cadáver já estava em estágio avançado de decomposição, mas uma marca que indicava um possível golpe na cabeça fez os agentes investigarem como morte suspeita. Pelos detalhes revelados por Suyany aos policiais, Julia teria colocado 50 comprimidos de um potente analgésico no brigadeirão oferecido ao namorado. Ela teria preparado um segundo doce para que pudesse comer sem correr risco.

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