“Morte de inocentes é efeito colateral do combate ao crime”, diz secretário

Victor Santos defende rotina de operações em favelas do Rio e relaciona avanço da criminalidade com a ADPF das Favelas

Por Da Redação
Atualizado em 3 abr 2025, 15h51 - Publicado em 7 fev 2025, 14h40
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Victor dos Santos: secretario diz que é preciso atacar estrutura financeira das quadrilhas (Governo do Estado do Rio de Janeiro/Divulgação)
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O secretário de Segurança Pública do Rio, Victor Santos, afirmou que será preciso encarar efeitos colaterais como a morte de inocentes e policiais no combate ao tráfico e à milícia. Em entrevista à TV Globo, ele disse ser contra ocupações permanentes em comunidades e defendeu que o estado faça uma rotina de operações para asfixiar, principalmente, a estrutura financeira dos criminosos. “Pra gente retirar esse poderio bélico é entender o tipo de negócio e atacar a estrutura financeira. É com dinheiro que eles compram armas, munições, projetos de financiamento político”, explicou.

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“Olha, a gente vai ter que enfrentar isso. O grande problema é que, por muitos anos, se tratou só o efeito. A sociedade, durante muitos anos, foi anestesiada. Você tem um câncer, que gera dor, e só se dava morfina. Tá com dor? Morfina. A dor passa? Passa, mas o câncer, cura? Não. O câncer cura como? Quimioterapia e radioterapia”, afirmou o secretário, antes de acrescentar: “O que se quer hoje no Rio de Janeiro, e a sociedade tem que entender, é continuar tratando o câncer com paliativo, com analgésico? Agora, isso tem um custo. Ou a gente paga esse preço agora ou a gente perde o controle no futuro”.

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“Ocupação não tem resultado. Por quê? Porque o estado não tem fôlego. E não tem fôlego por quê? porque a desordem no Rio de Janeiro é a regra”, continuou Costa, que relaciona o avanço da criminalidade com a ADPF das Favelas, como é conhecida a ADPF 635, que cria regras para operações em comunidades e vem sendo rediscutida no Supremo Tribunal Federal. “Não é que a ADPF tenha proibido, mas gerou uma insegurança muito grande. O policial tem receio, ele fica com medo de tentar acertar, com a possibilidade de errar. O policial que tá na ponta, que tem que tomar a decisão naquele momento, ele ficou inseguro. E obviamente, naturalmente, houve um freio”, destaca.

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