Secretaria de Saúde alerta sobre aumento de casos de picada de escorpião
Quantidade de ataques registrados subiu 19% desde 2022; mudanças climáticas estão entre possíveis fatores que influem na proliferação dos bichos peçonhentos

O estado do Rio tem enfrentado um crescimento significativo no número de picadas de escorpiões – especialmente em áreas antes pouco afetadas por eles. Em 2022, o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) registrou 755 incidentes com escorpiões, em 2023 foram 830 e em 2024 o número cresceu para 903 casos – um aumento de 19%. A situação tem preocupado especialistas, uma vez que, além de causarem dor, esses ataques podem ser perigosos, principalmente para crianças e idosos.
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Embora as razões para esse aumento ainda estejam sendo investigadas, as mudanças climáticas podem ser apontadas como um dos principais fatores que contribuem para a proliferação dos escorpiões, expandindo, assim, a presença para diferentes regiões.
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A Secretaria estadual de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ), em conjunto com o Instituto Vital Brazil (IVB), tem promovido uma série de capacitações para, junto aos agentes municipais, intensificar a vigilância e prevenção de acidentes por escorpiões e outros animais peçonhentos. “Nosso trabalho tem o objetivo de apoiar as prefeituras para desenvolver soluções eficientes no controle da população de escorpiões. A conscientização e capacitação dos agentes de saúde e vigilância é uma das chaves para reduzir os riscos e prevenir acidentes”, explica Cláudio Maurício, Coordenador da Divisão de Artrópodes do Instituto Vital Brazil. O IVB também orienta sobre o manejo ambiental e as medidas práticas que a população pode adotar para evitar o contato com os escorpiões, que incluem desde a eliminação de focos de infestação até o uso de técnicas preventivas no manejo de áreas urbanas e rurais.
Veja como evitar acidentes com escorpiões:
Manter jardins e quintais limpos. Evitar o acúmulo de entulhos, folhas secas, lixo doméstico e material de construção nas proximidades das casas;
Evitar folhagens densas (plantas ornamentais, trepadeiras, arbustos, bananeiras e outras) junto a paredes e muros das casas. Manter a grama aparada; limpar periodicamente os terrenos baldios vizinhos, pelo menos, numa faixa de um a dois metros junto das casas;
Sacudir roupas e sapatos antes de usá-los;
Vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos e vãos entre o forro e paredes para impedir o trânsito dos animais pela residência.