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Rosane Paiva da Silva narra histórias educativas para crianças

A fonoaudióloga é a única voluntária do projeto Fortalecer, criado pelo Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into), em 2009

Por Carolina Barbosa
Atualizado em 5 dez 2016, 11h41 - Publicado em 14 nov 2015, 00h00
ROSANE PAIVA DA SILVA -Selmy-Yassuda
ROSANE PAIVA DA SILVA -Selmy-Yassuda (Selmy Yassuda/)
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Já nos tempos de faculdade, a fonoaudióloga Rosane Paiva da Silva dedicava parte de seu tempo a ações sociais, visitando creches e asilos. Após uma segunda formação universitária, dessa vez em teologia, ela passou a investir mais em trabalhos de capelania, voltados para assistência espiritual, orientação e encorajamento de pessoas em momentos difíceis. Decidida, a partir daí, a ingressar no voluntariado em uma instituição de saúde pública, a carioca, pós-graduada em psicopedagogia e psicomotricidade e com especialização em fonoaudiologia hospitalar, inscreveu-se no processo seletivo do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into), em 2009. A princípio, sua função era entreter os adultos lá internados. Mas a criação de um projeto chamado Fortalecer, destinado ao público infantil, levou-a por outros caminhos. Há dois anos Rosane visita semanalmente os pacientes mirins do complexo hospitalar para contar-lhes histórias ligadas a educação e saúde, usando personagens inventados especialmente para esse trabalho.Única voluntária fixa do programa (os demais são funcionários pagos), ela se apresenta por vezes com figurino condizente com o da narrativa sob o jaleco, estimulando brincadeiras entre a meninada. “As atividades sempre passam mensagens de cidadania e, principalmente, superação. Busco despertar sonhos nessas crianças, fortalecer a autoestima delas e mostrar que todas podem alcançar o que quiserem”, diz. 

“Procuro despertar sonhos nessas crianças, fortalecer a autoestima delas”

Calcula-se que, desde 2003, seu trabalho voluntário tenha beneficiado 800 pacientes, de bebês a adolescentes de 18 anos, muitos deles portadores de doenças ortopédicas graves, inclusive malformações congênitas. Se, de início, alguns relutam em comparecer às atividades, é comum que mudem de ideia logo após a primeira sessão. “Quando vejo uma criança sorrindo, me esperando ou pedindo que eu volte, tenho a sensação de que o trabalho vale a pena”, diz Rosane, que gostaria de ver a iniciativa ampliada. “Ao trabalhar com o lúdico, a gente encontra mais força e menos barreiras para enfrentar a realidade. Por isso, meu sonho é que o projeto seja replicado em outros hospitais. A população do Rio merece conhecê-lo.

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