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Rio tem mais de um milhão de residências com alto risco de inundação

Segundo estudo da associação civil Casa Fluminense, elas estão em 22 municípios da Região Metropolitana; só na Baixada Fluminense, são 27,8% do total

Por Da Redação
14 Maio 2024, 12h53

Cerca de 1,1 milhão de casas dos 22 municípios da Região Metropolitana do Rio estão em áreas de alto risco para inundações, enquanto outras 60,6 mil ficam em regiões onde é perigosamente elevada a possibilidade de deslizamentos. O diagnóstico foi feito pela associação civil Casa Fluminense fica ainda mais preocupante num cenário de eventos climáticos extremos cada vez mais frequentes, como o que impacta o Rio Grande do Sul. O estudo foi entregue ao Ministério Público do estado nesta segunda (13), com um pedido de celeridade na adoção de políticas públicas por parte do governo estadual.

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Só na Baixada Fluminense, 27,8% das residências foram construídas em locais onde é alto o risco de inundação. Um projeto bilionário aguarda recursos para ser implementado e é considerado primordial para reduzir o impacto das chuvas. “Mesmo eventos ordinários (de maior frequência) representam risco. Essas construções estão dentro da calha do rio, sofrerão com praticamente todas as cheias. Além disso, representam uma resistência para o próprio escoamento da cheia, aumentando ainda mais a inundação”, disse ao jornal O Globo Osvaldo Rezende, especialista em recursos hídricos e professor da Escola Politécnica da UFRJ. Isso porque a geografia da Baixada já favorece inundações, por ser uma região cercada de montanhas. “É possível aumentar a capacidade hidráulica, aumentando a velocidade com que você leva a água para o mar. Também há medidas de detenção: quando está chovendo muito, guarda-se a água num reservatório e depois se lança essa água aos poucos.”, completou ele. Já foram por água abaixo R$ 500 milhões em obras de macrodrenagem paralisadas há 12 anos.

Segundo a Casa Fluminense, 438 mil residências da capital estão em áreas de alto risco de inundação — cerca de 15% do total de casas. Uma das áreas mais afetadas neste ano foi o entorno do Rio Acari, na Zona Norte, onde também há construções nas margens. O governo federal analisa incluir no PAC obras de drenagem na região, a pedido da prefeitura do Rio. O município diz que investe em ações de desassoreamento de rios e prevenção de deslizamentos e inundações.

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As mudanças climáticas acentuam também as ondas de calor, como as vividas nos últimos meses. Entre as medidas que poderiam aliviar a sensação de calor está ampliar a cobertura de vegetação na cidade. A prefeitura do Rio, no entanto, plantou apenas 22 mil novas árvores no ano passado, apesar de ter traçado uma meta de 75 mil mudas. Outros cinco objetivos definidos na área ambiental não foram cumpridos, entre eles, a ampliação do programa Horta Carioca. “É fato que, se você remove a cobertura vegetal e faz a chamada selva de pedra, asfalto, cimento para todo lado, evidentemente você vai ter um salto de temperatura”, explicou ao jornal o coordenador do Centro de Estudos Integrados sobre Meio Ambiente e Mudanças Climáticas (Centro Clima) da Coppe/UFRJ, Emilio La Rovere. Em nota, a prefeitura do Rio informou que a meta final é para 2024 e ressalta a criação de cinco novos parques nas Zonas Norte e Oeste, além da criação da Floresta da Posse, com o plantio de 240 mil árvores, dentro do projeto de construção do anel viário de Campo Grande.

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