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Rio 2016 terá uso de internet quatro vezes maior que em Londres

O tráfego de informações durante os jogos deve chegar a 240 GB por segundo

Por Agência Brasil
Atualizado em 5 dez 2016, 11h10 - Publicado em 1 ago 2016, 14h14

O tráfego de dados esperado para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro deverá ser quatro vezes maior que o registrado há quatro anos, em Londres, especialmente com o envio de fotos e vídeos. É que, além do uso maior de equipamentos como tablets e smartphones, o hábito de muita gente mudou: atualmente, todos querem compartilhar instantaneamente suas experiências.

“Hoje em dia, qualquer lugar que você vá a um evento esportivo ou a um show, nos primeiros minutos e durante grande parte deles, o pessoal está filmando e tirando fotos e se comunicando imediatamente; isso já está na cultura do proveito do evento poder realizar esse tipo de atividade”, disse o secretário de Telecomunicações do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovação e Telecomunicações (MCTIC), André Borges.

Enquanto em Londres foram transmitidos 60 gigabits (GB) de informações por segundo, no Rio de Janeiro o tráfego deve chegar a 240 GB por segundo.

A expectativa do governo é que não haja problemas no uso das tecnologias de telefonia e internet móvel durante a Olimpíada. Segundo Borges, todos os investimentos previstos para serem feitos pelas operadoras foram realizados e as atividades de planejamento e execução foram concluídas no prazo. “A nossa expectativa é que tudo corra bem, com um bom padrão de normalidade e funcionamento com qualidade”.

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Segundo ele, foi feito um reforço das redes de transporte e de acesso para o aumento da capacidade de tráfego de dados. Além disso, da mesma forma como foi feito durante a Copa do Mundo de 2014, as operadoras de telefonia instalaram infraestruturas temporárias móveis para reforçar o sinal em áreas externas, que serão desmontadas depois dos Jogos. Dentro dos locais de competição, as empresas compartilharam a infraestrutura de cabos e antenas para a oferta de telefonia e internet móvel.

Apesar da expectativa positiva do governo, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) prevê que o uso dos serviços de telecomunicações durante a Olimpíada pode apresentar problemas. A maior dificuldade, de acordo com o pesquisador em telecomunicações do Idec, Rafael Zanatta, será para acessar a tecnologia 4G. É que em parte da cidade o 4G não está disponível ou tem sinal muito fraco, o que faz com que o acesso à internet seja feito por meio do 3G, que é mais lento.

“Isso pode ser especialmente problemático quando você tem uma grande concentração de pessoas em um mesmo local, como é o caso da Olimpíada. Além de não ter disponibilidade de rede 4G para aqueles que estão conectados, pode haver um congestionamento, um número muito grande de pessoas tentando compartilhar o sinal da mesma antena, o que a tecnologia não suporta”, explica Zanatta.

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O especialista cita um estudo da empresa britânica de monitoramento e performance OpenSignal, que avaliou a oferta de internet móvel no Brasil, e aponta que, apesar dos investimentos feitos pelas operadoras de telefonia em cabos de fibras ópticas e antenas para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, a disponibilidade e a velocidade da internet pela tecnologia 4G “deixam muito a desejar”. A análise mostrou que, em algumas regiões do Rio de Janeiro, o sinal de internet é fraco, o que pode trazer problemas quando houver grande concentração de pessoas.

“O sinal e a disponibilidade de internet em Ipanema e Copacabana está indo muito bem. Mas, para a região de Deodoro, onde há um complexo esportivo, ou para Jacarepaguá, os sinais estão muito ruins. Então, dependendo de onde será o evento esportivo, pode ter gente que não conseguirá se conectar e terá muita lentidão para transferir fotos, acessar redes sociais e usar a internet para questões básicas”, diz Zanatta.

Para o especialista, os Jogos Olímpicos vão ser a prova de fogo para os investimentos que foram feitos pelas operadoras de telefonia. “Não é possível dizer que vai ser um fracasso, que haverá grandes problemas, mas os relatórios têm mostrado que o investimento não foi feito ao ponto de garantir disponibilidade das redes 4G o tempo todo”.

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