Vergonha alheia: Réveillon deixa recorde de 969 toneladas de lixo no Rio
Contando com 4.778 garis e 215 veículos, Comlurb atuou sobretudo nos locais onde foram montados palcos oficiais; só em Copacabana foram 484 toneladas
A operação de limpeza do Réveillon 2023, realizada pela Comlurb, retirou, desde a madrugada desta segunda (1), nada menos que 969 toneladas de resíduos em todos os palcos oficiais montados em diversos bairros do Rio.
Desse total, 484 toneladas foram apenas em Copacabana, um aumento de 40 toneladas em relação ao Ano Novo de 2022. O segundo local com mais resíduos recolhidos foi a Barra, com 140 toneladas, mostrando um pequeno acréscimo na comparação com as 137 toneladas da virada do ano anterior.
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“De fato, foi um Réveillon muito pesado, muito forte. Deu tudo certo e mesmo assim a gente conseguiu antecipar a nossa operação”, disse à Agência Brasil o presidente da Comlurb, Flávio Lopes.
Ele reiterou que a operação foi um sucesso. “Mesmo com o volume de resíduo muito maior do que no ano passado, com emprego de novos equipamentos que colocamos ao longo do ano e um efetivo recorde trabalhando na cidade, conseguimos antecipar o fim da operação”, garantiu ele.
“Logo depois das 9h da manhã de hoje (1), a gente estava lavando a Avenida Atlântica, em Copacabana, e devolvendo para a população, porque ela vira área de lazer”. Os garis concluíram também a tarefa de peneirar a areia da praia, em frente ao palco de Copacabana.
A megaoperação de limpeza contou com 4.778 garis, maior efetivo da história para a festa, dos quais 40% atuaram em Copacabana, onde foram montados dois palcos para shows. “A gente contou com pouco mais de dois mil garis trabalhando em Copacabana entre a noite de ontem (31) e hoje de manhã. É uma operação de guerra. Literalmente”, assegurou Lopes.
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O efetivo da Comlurb teve apoio de 215 veículos, sendo 71 compactadores, 81 basculantes, quatro caminhões-baú com sanitário e 30 micro-ônibus para transporte dos garis, oito varredeiras de grande porte e 21 pipas d’água para lavagem das pistas com água de reúso, e mais 87 equipamentos, incluindo 26 pás mecânicas, 12 mini pás, 12 varredeiras de médio porte, 14 mini varredeiras e 23 tratores de praia com implementos traseiros para peneirar a areia.
A Comlurb atuou em todos os pontos com queima de fogos e shows, envolvendo Copacabana (dois palcos), Flamengo, Praça Mauá, Praia de Sepetiba, Pedra de Guaratiba, Igreja da Penha, Parque Madureira, Bangu, Praia da Bica (Ilha do Governador), Paquetá e Piscinão de Ramos, além de outros trechos da orla em Ipanema, Leblon, São Conrado, Arpoador, Barra e Recreio.
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Foram disponibilizados 2 000 contêineres de 240 litros e 1 000 caixas metálicas de 1 200 litros, espalhados por todos os pontos de festa, sendo metade em Copacabana para, garantir que os frequentadores pudessem fazer o descarte de seus resíduos de forma correta.
Nesta segunda (1) à tarde e à noite — após o fim da operação especial de Réveillon —, foi realizada mais uma operação pontual nas areias de Copacabana, após a saída dos banhistas.
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A partir de agora, a Comlurb se dedica ao planejamento para a festa de momo e para a reunião do G20. “No Carnaval, a cidade fica muito cheia. Este ano, a festa é no início de fevereiro, e, logo na sequência, tem o encontro do G20 no Rio, que também vai demandar muito da gente”, adiantou o presidente da Comlurb.
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