A corrida contra o tempo para montar o Réveillon de Copacabana
Empresa paulista que ganhou concorrência não atende exigências da prefeitura; organizadores de edições anteriores da festa são convocados
Aos 44 minutos do segundo tempo de um dezembro de 2022 em plena Copa do Mundo, a empresa convocada para fazer a festa de Réveillon em Copacabana, o maior do mundo, sai de campo. Faltando apenas 23 dias para a chegada de 2023, a paulista MChecon, que havia vencido a concorrência da Riotur para organizar tudo, não conseguiu comprovar que montaria em tempo os palcos, banheiros químicos e outras estruturas de apoio. Também estava com ela a responsabilidade de fazer as festas da virada no Flamengo e em outros sete bairros, que também ficaram a ver navios.
+ Aprovada a lei que restringe o barulho de fogos de artifício no Rio
Com isso, sai a MChecon e entra a carioca SRCOM, do cenógrafo Abel Gomes, que organizou as últimas edições do evento e que havia ficado em segundo lugar na disputa. Segundo informações do jornal O Globo, além da infraestrutura dos shows e para o público, a empresa terá que fornecer os fogos de artifício que serão queimadas de dez balsas na despedida de 2022.
Os preparativos se transformaram em uma espécie de corrida contra o tempo, já que inicialmente a prefeitura pretende anunciar detalhes do Réveillon, incluindo as atrações musicais dos três palcos, já na próxima segunda (12). A saída da MChecon foi confirmada pelo prefeito Eduardo Paes. A produtora de São Paulo não se manifestou.
+ Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui
A SRCOM, que já produziu 14 edições da festa, foi eliminada por não ter apresentado cartas de patrocínio suficientes para custear a festa, deixando de atender a uma das exigências do edital. Já o projeto da MChecon previa um investimento de 15 milhões de reais no evento. Pelas
regras, a prefeitura fornecerá as balsas e os rebocadores que serão usados para a queima de fogos.