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O que se sabe sobre caso de socialite carioca mantida em cárcere privado

Moradora do Chopin, Regina Gonçalves teria sido vítima de golpe aplicado por motorista particular, que teria roubado dinheiro, joias e objetos de valor

Por Da Redação
22 abr 2024, 15h30
Regina-Gonçalves
Regina Gonçalves: a socialite, em foto antiga, estaria sem dinheiro nenhum na conta (Internet/Reprodução)
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Uma das moradoras mais antigas do icônico Edifício Chopin, a socialite Regina Gonçalves, de 88 anos, teria sido mantida em cárcere privado por seu motorista particular. Viúva há 30 anos do empresário Nestor Gonçalves, ela é dona de uma grande fortuna, com imóveis espalhados pelo Rio, joias e outros bens, e é conhecida pelas festas e eventos com a alta sociedade carioca. Mas andava sumida. O sumiço fez com que a ex-deputada estadual e empresária Alice  Tamborindeguy, postasse em suas redes sociais: “Quero muito saber cadê a Regina”. O post chamou a atenção da jornalista Lu Lacerda (@lulacerdaoficial), que abordou o assunto na última quinta (19) em sua coluna. Na sequência, o jornal O Globo conseguiu falar com o empresário João Chamarelli, que disse estar autorizado pela família de Regina a dar entrevistas sobre o caso. Ele confirmou que a idosa fora vítima de um golpe do motorista, que a mantinha em cárcere privado. Ela teria conseguido escapar, após um descuido dele e está se recuperando do trauma ao lado de parentes. Segundo Chamarelli, o caso foi registrado na polícia e o inquérito corre em segredo de justiça.

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Ao GLOBO, Alice Tamborindeguy contou que Regina era amiga e vizinha de sua mãe, já falecida. “Regina sempre recebia bem os amigos, uma pessoa muito social e agradável. Era comum vê-la com o motorista, saindo de carro. De repente, ela sumiu, ninguém soube mais dela. Parece que a família a blindou. Perdemos o contato do telefone dela. Ficamos com medo aqui no prédio de que algo acontecesse com ela. Rogo a Deus que ela esteja bem. O Chopin é uma família, por isso a nossa preocupação”, disse, sobre o prédio vizinho ao Copacabana Palace. “Ela está se  recuperando gradativamente, ficando bem disposta. Está com a família, na casa do irmão em Copacabana, com a cunhada e o sobrinho. Ela havia perdido muitos quilos”, contou Chamarelli ao jornal.

Segundo o empresário, está sendo feito um um inventário do material roubado de Regina: “Realmente, é um contexto complexo. Os cofres da casa foram arrombados, mais de cinco. Ela tinha uma coleção de joias. Houve a venda de uma das mansões na Rua Capuri, em São Conrado, local de alto padrão. Inclusive, a principal mansão, onde tem a nascente de água que fornece para todo o condomínio”. Ainda de acordo com Chamarelli, os amigos perderam o contato com a idosa porque o motorista a “blindou gradativamente”. “De repente, não conseguíamos falar com ela pelo telefone fixo. Era só no celular dele. Depois, nem no celular dele. Ninguém imaginava que isso poderia acontecer ali”, acrescentou ele.

De acordo com o Diário do Rio, o motorista seria um sobrinho distante que se aproveitou da vulnerabilidade da idosa para aplicar golpes. Ao site ela confirmou que teria sido dopada por horas e forçada a constituir uma união estável com ele, sob regime de separação de bens.

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Filha de imigrantes portugueses, Regina nasceu em Passos (MG) e mudou-se para o Rio de Janeiro, onde conheceu o paulista Nestor Gonçalves, com quem foi casada até 1994. Os dois nunca tiveram filhos. Após o falecimento do marido, ela herdou uma fazenda em Angra dos Reis, na Costa Verde, e outra em Cuiabá, onde investia no gado de corte. Também se tornou presidente do Grupo Nestor Gonçalves, fundado no antigo estado da Guanabara, do qual fazia parte a produtora de baralhos Copag.

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