Racismo religioso: Unidos de Padre Miguel pede para não ser rebaixada
Escola também afirma que "foi severamente prejudicada por uma falha técnica de som que durou longos e inaceitáveis 17 minutos"

O Carnaval carioca de 2025 já terminou, mas as polêmicas seguem vivíssimas.
Rebaixada para a Série Ouro por ter sido a escola mais penalizada pelos jurados, a Unidos de Padre Miguel divulgou, na noite desta terça (11), nas redes sociais um novo comunicado em que reivindica sua permanência no Grupo Especial.
Na nota, a escola da Zona Oeste afirma que “foi severamente prejudicada por uma falha técnica de som que durou longos e inaceitáveis 17 minutos, comprometendo diretamente a execução do desfile e a avaliação em quesitos essenciais, como harmonia, evolução, bateria, mestre-sala e porta-bandeira e comissão de frente.”
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O posicionamento também diz que a escola não teve acesso ao laudo técnico da sonorização da Avenida. Segundo a agremiação é um “documento crucial para esclarecer os fatos e garantir a transparência que o espetáculo do Carnaval exige” e que a escola foi julgada de forma discriminatória, já que a jurada de samba-enredo Ana Paula Fernandes afirmou que havia muitas palavras em iorubá.
O presidente da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), Gabriel David, reconheceu que o julgamento foi preconceituoso, o que trouxe esperança à Unidos de Padre Miguel.
Uma plenária envolvendo todas as escolas do Grupo Especial do Carnaval, ainda sem data, vai discutir o requerimento da UPM.
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Nesta sexta (14), a escola fará um desfile para a comunidade, a partir das 21 horas, no Ponto Chic, em Padre Miguel, Zona Oeste da cidade. A festa é uma forma da escola agradecer ao apoio dos componentes e da comunidade. “Independentemente de qualquer situação, a escola segue forte e unida, mostrando a nossa garra e o amor pelo samba”, disse a diretora de Carnaval da escola, Lara Mara, ao jornal O Globo.
Leia a íntegra do posicionamento da UPM:
https://www.instagram.com/p/DHFJBr9RbLR/?img_index=1