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Quem é Ricardo Cavaliere, novo imortal da Academia Brasileira de Letras

Filólogo supera Mauricio de Sousa e passa a ocupar a cadeira número 8, que era a da escritora Cleonice Berardinnelli

Por Da Redação
28 abr 2023, 14h43
Ricardo Cavalieri: com 35 votos, é o novo ocupante da cadeira que foi de Cleonice Berardinnelli.
Novo imortal: com 35 votos, Ricardo Cavalieri é o novo ocupante da cadeira que foi de Cleonice Berardinnelli. (You Tube/ABL/Reprodução)
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O filólogo Ricardo Cavaliere foi eleito para a cadeira número oito da Academia Brasileira de Letras (ABL), nesta quinta (27). Superando o cartunista Mauricio de Souza, ele substitui a escritora Cleonice Berardinelli, que morreu em janeiro. Aos 69 anos, o novo imortal teve 35 votos contra 2 – um membro da ABL votou em branco. O cartunista poderá concorrer em outras oportunidades – o próprio Cavaliere participou de outra eleição.

‘Fofas’ nas redes, na vida real conviência com capivaras não anda pacífica

“Todos nós que temos uma trajetória de vida dedicada à pesquisa e ao ensino dentro das letras, que resultam no ingresso na Academia Brasileira de Letras, claro que nos sentimos muito felizes, realizados e dispostos a trabalhar mais ainda dentro da nossa profissão”, disse o filólogo, que comemorou o resultado em casa. Ricardo Cavaliere é graduado em Letras (Português/Inglês) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, com mestrado e doutorado em Língua Portuguesa. Também possui graduação em Direito pela mesma universidade. Membro da Academia Brasileira de Filologia, é autor de mais de uma centena de trabalhos acadêmicos em sua especialidade. Dentre suas obras, destacam-se: “Fonologia e morfologia na gramática científica brasileira” e “Pontos essenciais em fonética e fonologia”. Atualmente é professor aposentado da Universidade Federal Fluminense, onde atua no Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagem. Recebeu honrarias como a Medalha do Mérito Filológico da Academia Brasileira de Filologia (2018) e o Prêmio Celso Cunha da União Brasileira de Escritores (2015).

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A candidatura para a vaga foi marcada por uma polêmica do jornalista James Akel, que também tentava ocupar a cadeira com Mauricio de Sousa. Em entrevista à “Veja”, James afirmou que “gibi não é literatura”. “Quero parabenizar o novo acadêmico Ricardo Cavalieri por sua entrada na ABL. Nesse processo, todos que amam quadrinhos, eu incluído, ganhamos quando tanto se discutiu sobre a importância dos quadrinhos, seu papel fundamental na formação de leitores e como eles podem contribuir, de diversas formas, com a literatura. Agradeço de coração os apoios que recebi nesta campanha e aos que me honraram com seu voto, acreditando na minha proposta para a ABL. Continuarei nesta ideia de trabalhar e aprender com os acadêmicos, assim como vem acontecendo na Academia Paulista de Letras“, escreveu Mauricio, após a eleição de Cavaliere. Ao G1, o cartunista disse que não ficou abalado com a crítica. “Fiquei até assustado com a dimensão que tomou pela repercussão positiva. Significa que não errei tanto”, afirmou. No fim, nenhum dos dois foi eleito.

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