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PUC-Rio abre canal para receber denúncias contra padre preso por estupro

Denunciado pelo MPRJ, Alexandre Paciolli foi encontrado e detido na casa do pai, em Fortaleza; crimes teriam sido cometidos entre 2022 e 2023, em Friburgo

Por Da Redação
10 abr 2024, 14h26
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Alexandre Paciolli: Arquidiocese já recebeu outros relatos de abusos sexuais contra o padre (Canção Nova/Reprodução)
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A Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) abriu um “canal de escuta” para “acolhimento e orientação” sobre casos envolvendo o Padre Alexandre Paciolli Moreira de Oliveira, denunciado pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) pelos crimes de importunação sexual e estupro de vulnerável. O religioso foi preso há uma semana, em Fortaleza, mas os crimes teriam sido cometidos emNova Friburgo, na Região Serrana, contra uma mesma mulher, em agosto de 2022 e janeiro de 2023.

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Na denúncia do MPRJ, consta que o suspeito é um líder religioso pertencente à Igreja Católica e conhecido no estado do Rio, tendo sido reitor da Igreja do Sagrado Coração de Jesus da PUC/RJ até 2022 e responsável pela Igreja de São José, na Lagoa. O padre também foi apresentador na TV Canção Nova, em um programa dedicado às mulheres, o “Mulheres de fé”. Alexandre Paciolli também foi o fundador da Comunidade Olhar Misericordioso e soma mais de 200 mil seguidores nas redes sociais, junto com os da comunidade católica.

Segundo o MPRJ, a Arquidiocese do Rio já recebeu outros relatos de abusos sexuais cometidos pelo padre, havendo, também, investigações policiais em curso em outras comarcas do estado. No que se refere ao caso ocorrido em Nova Friburgo, os procuradores destacam que o padre usou da “ingenuidade e da fé da vítima”, com o pretexto de estar sentido fortes dores, e “passou a praticar atos libidinosos com a vítima, que, tendo o denunciado como seu sagrado protetor, não conseguiu oferecer resistência”.

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A Arquidiocese do Rio informou que, após tomar conhecimento das acusações atribuídas ao Padre Alexandre Paciolli Moreira de Oliveira, agiu imediatamente afastando o sacerdote de todas as suas funções eclesiásticas e iniciou uma investigação interna para apurar os fatos alegados. “Essa medida reflete o compromisso da Arquidiocese com a integridade e a justiça, seguindo os procedimentos legais estabelecidos pela legislação da Igreja para tais situações, colaborando também com as autoridades civis na apuração dos fatos”, disse, em nota. Com a criação do canal para receber denúncias contra o padre, a PUC-Rio disse estar “reforçando o seu compromisso com a transparência, a verdade e a justiça”. As denúncias podem ser feitas pelo email  escuta.comitedecrise@puc-rio.br, pelo telefone (21) 97637-7447 ou presencialmente, das 10h às 13h, no terceiro andar do Edifício Kennedy (em frente ao elevador).

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