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Hospital carioca de bonecos de ação faz sucesso no país

O Pronto-socorro de Action Figures conta com uma equipe completa de "médicos" e cobra até 1 500 reais por serviço

Por Anita Prado
Atualizado em 5 dez 2016, 11h19 - Publicado em 14 Maio 2016, 01h00
Pronto-Socorro de Action Figures
Pronto-Socorro de Action Figures (Felipe Fittipaldi/)
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Quando chegou, a vítima estava desfigurada e, depois de passar pela triagem, foi diretamente para a mesa de cirurgia. Em meio aos preparativos, o especialista vestiu jaleco, calçou luvas e checou instrumentos. A operação varou a noite e foi bem‑sucedida. O paciente, mais conhecido como Predador, havia sofrido múltiplas fraturas nos membros superiores. Reconstituí-los foi um trabalho complicado, mas, após dois dias de testes no Centro de Tratamento Intensivo, o doente finalmente foi liberado. Essa é uma cena de rotina de um pronto‑socorro localizado na Tijuca e especializado na restauração das chamadas action figures, bonecos que reproduzem personagens de filmes e séries de TV. O estabelecimento faz sucesso entre aficionados de todo o Brasil, que chegam a pagar até 1 500 reais pelas intervenções. “Tivemos casos emocionantes, em que consertamos bonecos que foram dados de presente por entes queridos, já falecidos. As pessoas têm uma ligação sentimental com esses personagens”, diz o contador André Oliveira, um dos sócios do negócio.

Criado há três anos, o pronto-socorro é comandado por Oliveira (conhecido entre os clientes pelo apelido de Boleta) e seu parceiro, o instrumentador cirúrgico Wellington Santos, o Doutor Presto. Os dois têm ainda o apoio de Kássia Teodoldi, a Doutora K, especialista na pintura das criaturas. Ao todo, o trio já fez cerca de 300 atendimentos. A ideia surgiu quando Doutor Presto, fã desses artefatos, se deu conta de que não havia na cidade um lugar onde ele pudesse solucionar o drama dos colecionadores: a queda de um item da prateleira. Não à toa, eles costumam considerar as empregadas domésticas a maior ameaça a seus preciosos bonecos. O serviço decolou depois de o dublador Guilherme Briggs, a voz brasileira do Buzz Lightyear, do Han Solo e do Superman, recorrer ao serviço e divulgá-lo aos seus quase 100 000 seguidores do Twitter. Amigos há mais de dez anos, Boleta e Presto perceberam que o mercado de action figures no Brasil — inferior apenas aos dos Estados Unidos e do Japão — era promissor. Tomando como medida o volume de filmes e séries que jorram do cinema e da TV e a imensidão de fãs que eles atraem, a aposta foi certeira. 

Os próximos filmes que prometem renovar as coleções de bonecos de ação:

› X-Men: Apocalipse (maio/2016)

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› Esquadrão Suicida (agosto/2016)

› Doutor Estranho (novembro/2016)

› Wolverine 3 (março/2017)

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› Guardiões da Galáxia 2 (abril/2017)

› Mulher-Maravilha (junho/2017)

› Homem-Aranha (julho/2017)

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