Professores da UFF retomam atividades após quatro meses em greve
Entretanto, servidores técnico-administrativos continuam parados, devido aos cortes nos orçamentos das universidades federais
Os professores da Universidade Federal Fluminense (UFF) retornaram hoje (5) às atividades depois de quatro meses em greve. Os servidores técnico-administrativos continuam parados, devido aos cortes nos orçamentos das universidades federais.
Os professores da instituição concordaram, em assembleia no dia 30 de setembro, com a proposta do Comando Local de Greve (CLG) de garantir aos estudantes o direito à reposição integral das aulas interrompidas, tanto na graduação quanto na pós-graduação. Mas, mesmo com a normalização das atividades, a categoria mantém o pedido das melhorias das condições de trabalho e reajuste de salário.
O estudante de 27 anos do curso de publicidade e propaganda Yuri Hortz, que está no penúltimo período da graduação, terá de adiar o sonho da conclusão para o ano que vem. O aluno se sente prejudicado pela greve, mas defende os docentes e lamenta pelo governo não ter atendido às devidas reivindicações da categoria. “Estou feliz com o retorno, porém é preciso que defendamos com mais afinco os professores e as universidades, pois um país que trata sua educação de qualquer forma não pode prosperar.”
Já o estudante de ciências atuariais Daniel Souza foi um dos poucos que não foram prejudicados, pois, em seu curso, não houve paralisação. Mesmo tendo aulas, o estudante disse que iniciará o segundo semestre só em 25 de novembro, o que atrasará o término da graduação. Ele teme novas paralisações. “É obvio que, tendo em vista que o movimento grevista não alcançou os objetivos, uma nova greve virá”.
Uma assembleia da catagoria está marcada para amanhã, às 15h, no Campus Gragoatá para discutir o processo de reposição do calendário acadêmico e avaliar as reivindicações.