Sócio de empresa é preso por revender 800 toneladas de carne estragada

Segundo a polícia, produtos ficaram dias submersos na enchente do Rio Grande do Sul e foram "maquiados"; quatro pessoas foram presas em flagrante

Por Da Redação
Atualizado em 22 jan 2025, 13h47 - Publicado em 22 jan 2025, 13h16
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Carne estragada: empresa lucrou mais de 1000% com revenda de produto inapropriado ao consumo humano (./Reprodução)
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Oitocentos quilos de carne que ficaram submersos em meio em meio à lama que cobriu Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, entre o final de abril e o início de maio no ano passado, foram comprados por uma empresa de Três Rios, no Centro-Sul do estado do Rio, e, depois de “maquiados, estavam sendo revendidos para consumo humano. Uma investigação da Polícia Civil levou à “Operação Carne Fraca”, realizada nesta quarta (23), através da Delegacia do Consumidor (Decon), que já prendeu quatro pessoas em flagrante em endereços ligados aos sócios da empresa responsável pela revenda dos produtos estragados. Em ao menos um dos locais foram encontradas carnes armazenadas inadequadamente e impróprias para consumo, também estragadas.

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Segundo as investigações, que contaram com o apoio da Decon do Rio Grande do Sul, os envolvidos arremataram as 800 toneladas de carne bovina, suína e de aves sabendo que os produtos ficaram submersos na enchente por diversos dias e alegando que seriam usados para fabricação de ração animal. A Tem Di Tudo Salvados, que é autorizada a fazer o reaproveitamento de produtos vencidos, no entanto, revendeu os alimentos, inadequados para consumo, a outras empresas de diversos locais do país. De acordo com a polícia, os lucros ultrapassaram mais de 1.000%. Entre os presos está um dos donos da firma, Almir Jorge Luís da Silva.

“Temos informações de que a carne foi maquiada para esconder a deterioração provocada pela lama e pela água que ficaram acumuladas lá no frigorífico da capital gaúcha”, explicou o delegado Wellington Vieira à TV Globo. “Segundo as notas fiscais, a carne boa estava avaliada em torno de R$ 5 milhões, mas a empresa comprou as 800 toneladas estragadas por R$ 80 mil”, acrescentou. Os investigados podem responder pelos crimes de associação criminosa, receptação, adulteração e corrupção de alimentos, com alcance em todo o país.

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Todo o trabalho de investigação começou no Rio Grande do Sul por uma coincidência: uma das empresas que compraram a carne deteriorada foi justamente o frigorifico que vendeu o produto para a Tem Di Tudo. O frigorífico gaúcho acionou a polícia depois identificar a carne descartada pela numeração do lote na etiqueta da embalagem. Agora a polícia tenta localizar as outras empresas que compraram a carne sem saber que era um produto impróprio para o consumo.

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