Prefeitura muda concessão de transporte lagunar para atrair interessados
O projeto para atrair invetimentos é acelerar a despoluição na Zona Oeste e dividir os custos com a concessionária em caso de baixa demanda
A Prefeitura do Rio mudou os termos da concessão do sistema de transporte por barcas nas lagoas da Barra da Tijuca e de Jacarepaguá, porque não houve interessados na concorrência pública feita no mês de março. O novo edital criou um mecanismo que compartilha riscos com o concessionário, caso o serviço não atinja a expectativa de passageiros. A estimativa começa em 14 mil usuários por dia, no primeiro ano, e deve chegar a 90 mil. A previsão final é de 16 linhas, com 29 pontos de embarque e desembarque.
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A dragagem das lagoas e canais é considerada um ponto determinante para o interesse das empresas na licitação, que será realizada pela Iguá, concessionária que assumiu a operação dos serviços de água e esgoto na região. O prazo para finalizar as intervenções é de três anos e os trabalhos começaram em abril.
Com a mudança no edital, se o número de pessoas transportadas for de pelo menos 90% da demanda estimada por ano, os investimentos totais caberão à concessionária, e a prefeitura dividirá os custos em casa de demandas inferiores. As linhas apontadas como obrigatórias para as barcas criam ligações entre Jardim Oceânico e Gardênia Azul; um trajeto circular na Lagoa de Jacarepaguá; e uma linha expressa entre o Bosque Marapendi e o Jardim Oceânico. Áreas como Muzema e Rio das Pedras também serão atendidas.
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As propostas deverão ser entregues em 4 de julho, segundo o jornal O Globo. Além da outorga variável — cujo pagamento passou de mensal para anual com a mudança no edital —, há uma outorga mínima fixa de R$ 1.776.902,19, paga em quatro parcelas. O valor do investimento previsto para o vencedor da licitação será de R$ 101,6 milhões, ao longo de 25 anos.