Prefeitura vai monitorar deslocamentos pelo Rio e rastrear aglomerações
Para tentar frear contágio de coronavírus, o Centro de Operações se uniu à operadora Tim para monitorar possíveis focos de transmissão da covid-19
A Prefeitura do Rio vai passar a analisar dados de deslocamento dos cidadãos e rastrear as concentrações e movimentos de pessoas pela cidade. As informações serão coletadas com o intuito de auxiliar no controle da epidemia de coronavírus na cidade, já que permitem que os órgãos governamentais avaliem a eficácia das medidas que já foram implementadas, além de facilitar a tomada de decisões. O trabalho será feito em parceria com a Tim, que herdou conhecimento sobre a pandemia na Itália, país de origem da operadora.
“A parceria tem como objetivo munir a Prefeitura do Rio com dados em tempo real que podem impactar ativamente a estratégia de contenção do vírus. São informações massivas, acessíveis a todas as operadoras que preservam o anonimato dos clientes, mas que se tornam valiosas num momento em que entender o movimento da população significa prever a movimentação da covid-19”, explica Leonardo Capdeville, CTIO da Tim no Brasil.
A solução consiste em traçar “mapas de calor” com base na concentração de usuários em um determinado espaço e momento. Neste primeiro momento já é possível entender a movimentação das massas pela cidade e a adoção da quarentena em todos os bairros do Rio de Janeiro. A operadora está buscando alternativas para cruzar os focos epidemiológicos do vírus e pontos de alta concentração de pessoas nas ruas a fim de evitar o crescimento acelerado, como foi visto em outros países do mundo. Todas as informações coletadas são anônimas, respeitando critérios de confidencialidade e segurança de dados pessoais, segundo prevê a Legislação.
“Durante os Jogos Olímpicos, o mapa de deslocamento ajudou muito a prefeitura a traçar os planos de mobilidade dos jogos. Estamos passando por um momento de extrema cautela e saber onde há concentração de usuários vai nos ajudar a orientar a população da melhor maneira”, comenta Alexandre Cardeman, chefe-executivo do Centro de Operações Rio.