Por cidade mais verde, prefeitura quer injetar R$ 1 bi em parques públicos
Programa para revitalizar espaços existentes e criar áreas de lazer prevê concessão à iniciativa privada de unidades como a Quinta da Boa Vista e o Aterro
Com um investimento de quase R$ 1 bilhão, a prefeitura do Rio pretende dar uma adubada nos parques urbanos e naturais da cidade. A ideia do programa Parques Cariocas é revitalizar os espaços já existentes e criar concessões de áreas urbanas para construções de novas áreas verdes como o Parque Carioca da Pavuna, Parque Realengo Jornalista Susana Naspolini, Parque Rita Lee, Parque Cesário de Melo e Parque Piedade. Todos terão uma identidade visual unificada e continuarão sendo públicos e gratuitos.
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Segundo a prefeitura, mais de 20 parques fazem parte dos estudos para criação do programa, que buscará apoio da iniciativa privada. O programa será implementado em lotes que combinarão um âncora com alguns parques de menor porte, os chamados satélites. A concessionária vencedora de cada lote deverá investir e administrar todas as áreas verdes selecionadas pela prefeitura para cada pacote de parques. Por serem os de maior concentração de público e atratividade os parques Madureira, Tom Jobim, Nelson Mandela, Marapendi, Dois Irmãos, a Quinta da Boa Vista e o Parque do Flamengo serão os âncoras do projeto.
O foco do programa é a reforma e manutenção de parques que já existem. Os novos parques em construção não serão incluídos neste momento, segundo a prefeitura. O investimento na criação destas seis novas áreas de lazer da cidade é de R$ 400 milhões.
O primeiro lote tem investimento estimado em R$ 70 milhões e conta com os parques Madureira, Dois Irmãos, Garota de Ipanema, Parque da Cidade, Orlando Leite e Pinto Teles. No fim de abril, será lançada uma consulta pública sobre o primeiro lote de concessão de seis parques. Em junho, será publicado o edital de licitação para as empresas interessadas em participar do primeiro lote.
Segundo a secretária municipal de Meio Ambiente e Clima, Tainá de Paula, a proposta é transformar os parques em centros de lazer para toda a população e, principalmente, para as pessoas que residem próximas aos equipamentos. “Essa iniciativa tem como principal objetivo fazer com que os visitantes tenham uma experiência de qualidade e conforto. Estas melhorias farão com que o público aumente, além de gerar novos empregos e desenvolvimento econômico para a região”, disse ela ao jornal O Globo.
O programa prevê ainda uma bonificação da prefeitura ao concessionário que priorizar empregados que morem no entorno do parque como forma de incentivo de fomento da economia local. Entre os investimentos a serem realizados nos parques, os principais são reformas gerais, readequação de quiosques, prédios, áreas de esportes e eventos, além de novas intervenções em restaurantes, ativação de espaços ociosos e ordenamento de comércio e serviços. O BNDES foi contratado para realizar a estruturação e a modelagem do projeto.
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Outros dois parques já foram concedidos nesta gestão: o Parque da Catacumba e o Jardim de Alah. O investimento privado nestes dois contratos é de mais de R$ 120 milhões. Além disso, ainda neste semestre será publicado edital de licitação para concessão dos parques Bosque da Barra e Chico Mendes, com valor estimado de investimento em R$ 30 milhões.