Prefeitura caça blocos clandestinos através das redes sociais
Seop está monitorando a organização dos desfiles irregulares, para que agentes ocupem locais antes de os foliões chegarem
Para evitar que blocos clandestinos saiam às ruas – contra a determinação da prefeitura do Rio, que no começo de janeiro suspendeu o Carnaval de rua -, a Secretaria municipal de Ordem Pública (Seop) está usando redes sociais e aplicativos de conversa para monitorar a organização dos desfiles.
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O objetivo é evitar o que aconteceu no último fim de semana, quando a prefeitura não conseguiu impedir com antecedência a saída de dois blocos clandestinos. Um dos cortejos, batizado de Não Adianta Ficar Putin, saiu das intermediações do Museu do Amanhã e seguiu até a região do Boulevard Olímpico, na região central da cidade, no sábado (19). Vídeos que circulam em redes sociais mostram cerca de 100 pessoas em cortejo que saiu das intermediações do Museu do Amanhã e seguiu até a região do Boulevard Olímpico, na Zona Portuária, acompanhados de uma banda de sopro. A maioria não usava máscara. No domingo de manhã (20), outra aglomeração de foliões aconteceu na altura da Praça da Cruz Vermelha. Agentes da guarda municipal foram acionados e dispersaram os blocos.
Quando conseguem encontrar o evento com antecedência, agentes da Seop ocupam o local em que o bloco está marcado para acontecer antes de os foliões chegarem. “Quando as pessoas se deparam com as nossas equipes, elas não permanecem e a gente consegue inviabilizar esse tipo de evento”, disse ao jornal Folha de São Paulo o secretário de ordem pública, Brenno Carnevale. “A gente faz o mapeamento desses eventos clandestinos por meio das redes sociais e grupos de aplicativo de mensagem. Além disso, a gente tem as equipes de patrulhamento na cidade e as equipes de pronto acionamento no caso de constatação de irregularidades ou denúncias”, acrescentou. Até agora, foram identificados ao menos 30 blocos que pretendiam sair de forma irregular.
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A decisão de suspender o Carnaval de rua foi anunciada pela prefeitura no dia 4 de janeiro por causa da escalada do número de casos de Covid-19 na cidade, diante da disseminação da variante ômicron. A medida foi informada em reunião com representantes de cerca de 450 blocos, que concordaram com a medida, e depois anunciada em transmissão nas redes sociais. No total, 506 blocos de rua se inscreveram em 2022. Apesar da proibição da festa, o feriado foi mantido.