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Prefeitura afasta equipe após criança ser dopada com zolpidem em creche

Exame constatou 0,18mg da substância no organismo do menino de 2 anos, que é autista; professora reclamava que ele não dormia, o que atrapalhava a turma

Por Da Redação
26 jun 2024, 14h06
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Intoxicação aguda: menino de dois anos saiu da escola cambaleando e chegou à emergência de hospital desmaiado (Redes sociais/Reprodução)
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A prefeitura do Rio afastou a equipe da creche Espaço de Desenvolvimento Infantil René Biscaia, em Cosmos, na Zona Oeste, suspeita de dopar menino menino autista de 2 anos. A Secretaria Municipal de Educação instaurou sindicância e está colaborando com a investigação da Polícia Civil para comprovar se alguma substância foi dada à criança dentro da escola e quem teria sido o responsável. A Polícia Civil investiga se ele recebeu uma dose do remédio controlado Zolpidem.

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No último dia 16 de junho, os pais do menino perceberam que o menino estava mole, tonto e sem equilíbrio. “Quando eu abaixei para que ele corresse e me abraçasse, ele caiu pela primeira vez. Uma mãe chegou a pegá-lo e disse: ‘Nossa, ele está com muito sono’. Foi nesse momento que eu percebi que o meu filho não estava bem. Porque ele ainda tentou levantar para vir me encontrar e caiu novamente. Aí ela (a professora) disse que ele estava apenas com sono, porque como de costume ele não dormia com os amiguinhos”, contou a mãe, Lays Torres de Almeida, ao Bom Dia Rio, da TV Globo. Segundo ela, a professora do filho costumava reclamar que ele não dormia junto com as outras crianças da turminha, o que faz parte da rotina da creche. A queixa era de que o menino “atrapalhava o sono dos coleguinhas”. As reclamações só pararam quando os pais fazerem uma reclamação formal na 10ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE).

Ao perceberam a mudança no comportamento do menino, os pais levaram o levaram à emergência do Hospital Municipal Rocha Faria, onde ele chegou desmaiado. “O médico disse que ia ministrar um remédio e ver se ia dar resultado, se não desse ele seria entubado. Foram os piores 20 minutos da minha vida”, conta a mãe. No boletim médico, a situação foi classificada como intoxicação aguda. A criança passou por uma lavagem estomacal e recebeu medicação.

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A família registrou a ocorrência na 35ª DP (Campo Grande). Segundo eles, a Polícia Civil não pediu nenhum exame. Por isso, eles fizeram em uma clínica particular, que encontrou 0,18 miligramas de Zolpidem no organismo do menino. “Se for constatado que ele foi dopado, é uma situação bastante grave. Mas não podemos de maneira açodada, falar qualquer coisa para não atrapalhar as investigações. Queremos entender o que aconteceu com a criança. É preciso saber a intenção da pessoa em ministrar a medicação e se teve a ministração”, disse à TV Globo o delegado titular Edezio de Castro Ramos Junior.

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