Além de Búzios, Porto Real sofre com infestação de escorpião-amarelo
Espécie perigosa está com as populações fora de controle e estado se mobiliza para ações de prevenção
Depois da infestação dos escorpiões-amarelos em Búzios, Instituto Vital Brazil (IVB) identificou ocorrência semelhante no município de Porto Real, no sul fluminense. A Secretaria Estadual de Saúde e o IVB implementam medidas de controle na cidade, comi capacitação focada em medidas preventivas e ações em caso de acidente com crianças, que são mais vulneráveis aos efeitos do veneno. Até o momento não houve registros de acidentes nas duas cidades atingidas.
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Em Búzios, o Laboratório de Artrópodes do IVB já coletou cerca de 200 escorpiões vivos, que foram levados para pesquisa e extração de veneno.
De acordo com o biólogo Marcello Mello, a ação humana contra os predadores do escorpião-amarelo, responsável pelos mais graves acidentes no Brasil, é um fator importante para as infestações: “O gambá, por exemplo, é um predador excelente do escorpião. Então, cidades que estão eliminando os gambás, que também são animais nativos, a tendência é que esses aracnídeos se procriem com mais facilidade. Também há sapos e lagartos que se alimentam desses animais.”
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Os escorpiões são animais noturnos, que ficam escondidos durante o dia em locais úmidos e escuros. Por isso, as principais formas de evitar a presença deles são limpar periodicamente a casa e evitar o acúmulo de lixo e materiais de construção. Na maioria das vezes, a picada de escorpião causa poucos sintomas, como vermelhidão, inchaço e dor no local que dura de algumas horas até dois dias. Em casos raros, a picada de escorpião pode causar arritmias, parada cardíaca e até a morte.