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Por que a Justiça mandou afastar Lucinha da Câmara dos Deputados

Parlamentar é suspeita de beneficiar uma milícia privada, com atuação na Zona Oeste, especialmente na articulação política junto aos órgãos públicos

Por Redação VEJA RIO Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 18 dez 2023, 15h35 - Publicado em 18 dez 2023, 15h35

Lúcia Helena Pinto de Barros, a deputada Lucinha (PSD), foi afastada do cargo por tempo indeterminado nesta segunda (18), por decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Ela é alvo da Operação Batismo, da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).

A deputada é suspeita de agir em conjunto com uma assessora para beneficiar uma milícia privada, com atuação na Zona Oeste, especialmente na articulação política junto aos órgãos públicos para atender aos interesses do grupo, investigado por organização criminosa, tráfico de armas de fogo e munição, homicídios, extorsão e corrupção.

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Cerca de quarenta policiais federais cumpriram oito mandados de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal de Justiça. Os agentes estiveram nos bairros de Campo de Grande, Santa Cruz e Inhoaíba, todos na Zona Oeste, e no gabinete da deputada, na Assembleia Legislativa (Alerj).

O trabalho foi desenvolvido pelo Grupo de Investigações Sensíveis da PF (Gise/RJ) e pela Delegacia de Repressão a Drogas (DRE/PF/RJ) em conjunto com MP, por meio da Procuradoria Geral de Justiça (PGJ). O nome da operação, Batismo, faz referência ao apelido de Madrinha, que é como lideranças do grupo criminoso chamam a deputada.

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A ação é um desdobramento da operação Dinastia, deflagrada pela PF em agosto de 2022, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa de milicianos.

Lucinha é carioca, tem 63 anos e dois filhos. Segundo as investigações, a deputada é o braço político da milícia de Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho, com forte presença na região de Campo Grande e Santa Cruz, na Zona Oeste, que também é a principal área de atuação da parlamentar.

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Sua primeira eleição foi para a Câmara Municipal do Rio, em 1992. Em 2008, foi a vereadora mais votada da cidade. Foi eleita deputada estadual pela primeira vez em 2011. Nas eleições de 2018, recebeu mais de 65 000 votos, sendo a oitava mais votada do estado.  Em 2022, ela recebeu mais de 60 000 votos. Atualmente, ela está em seu quarto mandato.

Em outubro deste ano, Lucinha foi sequestrada por criminosos em um sítio em Campo Grande, na Zona Oeste, onde comemorava seu aniversário. Os bandidos chegaram a levar a deputada estadual em um carro da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) para a comunidade Vila Kennedy. Lá, ela foi liberada pelos bandidos e conseguiu voltar para casa. O veículo foi recuperado e um suspeito foi preso um mês depois.

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