Continua após publicidade

Polícia do Rio atua mais em áreas do tráfico do que em pontos de milícia

Dado costa em levantamento realizado pelo Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da UFF e pelo Instituto Fogo Cruzado

Por Da Redação
6 jun 2024, 01h18

Áreas dominadas pelo tráfico estão mais propensas a sofrer com confrontos do que as de milícias. Entre as regiões sob domínio de algum grupo armado no Grande Rio, 85,6% daquelas dominadas pelo tráfico registraram algum conflito. Esse número cai para 61,4% quando se tratam de áreas sob controle das milícias. Os dados costam em pesquisa realizada pelo Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense (Geni-UFF) e do Instituto Fogo Cruzado.

Segundo o levantamento, a Região Metropolitana registra alta frequência de confrontos: são, em média, 17 por dia, 38.271 no período de sete anos. Porém, esses conflitos não afetam toda a região e não acontecem na mesma intensidade em todas as localidades. No período, 65,1% dos bairros registraram algum confronto por território, mas na média, em cada ano, menos da metade dos bairros são afetados por esse tipo de violência — mínima registrada em 2022, 41,5%, e máxima em 2018, 50,9%.

+ CRLV digital: como emitir o boleto relativo a 2023

Do total de tiroteios mapeados em ações e/ou operações policiais, 40,2% deles ocorreram em áreas de tráfico. Quando analisadas as áreas de milícia, esse número é dez vezes menor. Somente 4,3% dos tiroteios com a presença da polícia se deram em áreas de milícia. Segundo o estudo, mais de 70% das localidades dominadas pelas facções do tráfico registraram confronto com a polícia. Em contrapartida, as áreas de milícias registraram 31,6%.

“O domínio territorial por parte de facções do tráfico e a atuação das polícias são dois fatores que deixam os territórios mais expostos a conflitos. Esses conflitos se distribuem de maneira desigual entre áreas de tráfico e de milícias, mas também pela própria região metropolitana. E isso é fundamental para pensarmos a política pública de segurança. Porque os confrontos intensos e regulares são hiper localizados e a participação da polícia nesses casos é decisiva”, disse ao jornal O Globo Daniel Hirata, coordenador do Geni.

Continua após a publicidade

+ Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui

Em nota, a Secretaria de Polícia Militar (SEPM) afirmou que as ações da corporação são pautadas pelo planejamento prévio e que têm como uma das principais metas do atual comando o combate aos grupos criminosos organizados. Já a Secretaria de Polícia Civil (Sepol) informou, por meio de nota, que desconhece a metodologia da pesquisa e que, por isso, não comentará o estudo.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Domine o fato. Confie na fonte.
10 grandes marcas em uma única assinatura digital
Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe mensalmente Veja Rio* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de Rio de Janeiro

a partir de 49,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.