A Polícia Civil já identificou o casal que espancou uma professora, na noite da última sexta (5), após ela dar uma fechada no carro deles, na Ilha do Governador. A mulher também é professora e lutadora de artes marciais, enquanto o outro agressor é um militar. Ambos são moradores da Ilha e já foram intimados pela 37ª DP (Ilha do Governador), onde o caso foi registrado. Também na Ilha, outro caso de violência gratuita e desmedida no trânsito veio à tona nesta sexta (12): na manhã do dia 18 de junho, a diretora de uma escola de cursos foi arrastada por metros por um carro depois de pedir que a motorista retirasse o veículo de uma vaga escolar no Jardim Guanabara.
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Ambas as agressões foram registradas por câmeras de segurança. No caso da professora Diana Campos Lopes, tudo aconteceu na Ribeira, quando ela estava chegando ao prédio onde mora e ligou a seta para sinalizar que entraria na garagem. O carro do casal agressor estava devagar na pista da direita e acabou fechado pelo da professora. Não houve batida, mas o homem e a mulher pararam o veículo um pouco mais à frente, desembarcaram, arrancaram a vítima da direção e a espancaram, com socos e chutes. Em seguida, o agressor voltou para seu veículo, acelerou o carro e arrastou Diana por mais alguns metros.
A diretora da escola de cursos, Raquel Schwab, também foi arrastada por metros por um carro depois de pedir que a motorista retirasse o veículo da vaga escolar. As imagens mostram que um carro de cor prata estava estacionado na calçada da unidade escolar. Duas pessoas entram no veículo. Em seguida, Raquel vai em direção ao carro e se apoia na porta para falar com a motorista e em poucos segundos acaba sendo arrastada. A agressora tentou fugir do local, mas foi impedida pelo marido da vítima.
“Eu falei com ela do quintal duas vezes e ela fingiu que não estava me ouvindo, por isso eu saí. Ela parecia nervosa, abaixou parcialmente o vidro. Eu fiquei de frente pra ela e apoiei a mão na janela”, disse Raquel à TV Globo, acrescentando que a motorista ligou o motor e fechou a janela, mas a mão dela acabou ficando presa. A diretora foi arrastada em alta velocidade por alguns metros, até que caiu. “Essa rua é uma via de mão dupla e estava vindo outro carro na minha direção. Eu só pensei: ‘eu tenho que correr na mesma velocidade para não cair na pista’. Em vez de ela reduzir, ela aumentou a velocidade. Foi uma situação chocante para quem viu, como meu marido. É traumatizante”, disse. Com a queda, Raquel bateu a cabeça e desmaiou. O marido dela, que presenciou a cena, acionou o Corpo de Bombeiros, que fez o socorro até o Hospital Evandro Freire. O resultado foram hematomas pelo corpo, fraturas no pé e pontos na cabeça. “Em nenhum momento ela se preocupou ou perguntou como eu estava me recuperando. Foi um trauma para mim, para a minha família”.
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A advogada Aline Cabral, que atua no caso em defesa da vítima, explicou à Globo que a polícia foi acionada e o exame de corpo de delito foi feito no Instituto Médico-Legal. A 37ª DP (Ilha do Governador) também investiga o caso.
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