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Polícia Civil do Rio discute políticas públicas para as mulheres

Divisão de Polícia de Atendimento à Mulher (Dpam) realizou, na Cidade da Polícia, a Primeira Conferência Livre de Mulheres

Por Agência Brasil
Atualizado em 5 dez 2016, 11h42 - Publicado em 6 nov 2015, 13h55
DEAM (Delegacia de Atendimento à Mulher)
DEAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) (Divulgação/Polícia Civil)
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A Divisão de Polícia de Atendimento à Mulher (Dpam), da Polícia Civil do Rio, fez nesta sexta (6), na Cidade da Polícia, a Primeira Conferência Livre de Mulheres.  O evento é uma etapa da Conferência Nacional de Política para as Mulheres, que será realizada em março do ano que vem em Brasília. A coordenadora de todas as delegacias especiais de Atendimento a Mulher (Deam) , Márcia Noeli, destacou o pioneirismo do evento, os desafios da mulher em um meio tido como machista e as conquistas adquiridas por elas nos últimos anos.

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“É a primeira conferência de todas as policiais civis do Rio. Na verdade, é a primeira do Brasil. E o motivo é que possamos refletir sobre o nosso papel como policiais e o que podemos melhorar em um mundo inteiramente machista. Claro que já ganhamos muito espaço. A Polícia Civil é um exemplo disso. Também discutiremos o que nós, mulheres policiais, podemos fazer por aquelas que sofrem violência doméstica. No fim do dia, sairemos daqui com um documento constando sugestões para que possamos colocar essas ideias em prática”.

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A deputada estadual e ex-chefe da Polícia Civil do Rio, Martha Rocha lembrou a importância de uma delegacia específica para o atendimento às mulheres. “Creio que a Delegacia das Mulheres foi a principal e primeira política pública efetiva para as mulheres vítimas de violência. É fundamental que a polícia seja ouvida hoje e, posteriormente, em outras conferências, para que continuemos com esse trabalho”, destacou.

O chefe da Polícia Civil, delegado Fernando Veloso, chamou a atenção para o fato de o número de casos de violência contra a mulher estar crescendo, mas ressaltou que pode haver uma contradição nessas estatísticas. “Hoje, existe uma aparente contradição quando vemos que os números que registram esses casos demonstram o crescimento dos episódios de violência contra a mulher. Isso tem que ser bem analisado, já que a gente tem possibilitado que elas, cada vez mais, tenham liberdade e as melhores condições possíveis para exercer essa comunicação.

Levantamento divulgado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro registrou aumento de mais de cinco vezes no número de novos casos de violência doméstica  familiar contra a mulher nos últimos oito anos. Em 2007, ano seguinte à edição da Lei Maria da Penha, entraram 17.756 novos processos dessa natureza em todo o estado. Em 2014, foram 94.689 novas ações.

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