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PM vai passar a usar ferramenta de reconhecimento facial em praias e ruas

Utilizado no Réveillon de Copacabana, equipamento já está no Arpoador e na Barra; linhas Amarela e Vermelha têm câmeras com leitura de placas

Por Redação VEJA RIO Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 2 jan 2024, 14h33 - Publicado em 2 jan 2024, 13h41
Reconhecimento facial: sistema foi usado no Réveillon de Copacabana (Governo do Estado do Rio de Janeiro/Divulgação)
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Depois de usar a ferramenta de reconhecimento facial durante o patrulhamento para o Réveillon, a Polícia Militar anunciou nesta segunda (1) que vai estender o uso da tecnologia para praias, túneis e vias expressas do Rio.

O sistema já vem sendo utilizado nas praias do Arpoador e da Barra, e a previsão é expandi-lo por toda a orla até Barra de Guaratiba ainda no primeiro semestre.

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Também serão instaladas 87 câmeras de leitura de placas de veículos em vias expressas, como as linhas Amarela e Vermelha, onde já estão sendo realizados testes com o equipamento, e a Avenida Brasil, além de túneis. A ideia é identificar veículos que constem como roubados.

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No domingo (31), por volta das 21h30, um homem que estava foragido da Justiça desde março de 2023 foi identificado pelo sistema, quando tentava passar pelo ponto de bloqueio da PM. Com mandado de prisão em aberto por tentativa de homicídio duplamente qualificado, ele foi detido e encaminhado para a 13ª DP (Copacabana).

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A tecnologia também deve ser usada no Carnaval, no entorno do Sambódromo, e em outros pontos da cidade, onde houver concentração de foliões.

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O sistema cruza as imagens captadas pelas câmeras com reconhecimento facial em tempo real com cerca de 100 000 fotos disponíveis no banco de dados, com informações sobre 28 000 foragidos da Justiça. A ação tem o apoio do Detran e da Polícia Civil, responsável pela atualização dos dados.

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As câmeras são capazes de fazer zoom a 25 metros de distância e verificar mais de 60 rostos por segundo. As imagens captadas vão para o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), no Centro, onde está instalado o programa de reconhecimento facial. Elas vão também para os computadores dos policiais nos locais de revista e nos batalhões das áreas de atuação.

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A Polícia Militar pretende ampliar a base de dados usada nas câmeras com capacidade de reconhecimento facial à disposição da corporação. Além dos 28 000 foragidos da Justiça do Rio, que já estão no sistema, a ideia é incluir imagens de criminosos de outros estados com mandados de prisão em aberto.

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A tecnologia passou por pelo menos quatro testes em dezembro do ano passado, antes da utilização no Réveillon de Copacabana. Em 2019, houve uma experiência com o equipamento de outra empresa, também no ano novo. O software utilizado atualmente pela PM é o mesmo que foi adotado na Copa da Rússia em 2018.

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O uso de ferramentas de reconhecimento facial, no entanto, é polêmico: segundo especialistas, ele aprofunda o racismo estrutural, já que, segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), pesquisas mostram que a taxa de erro dessas ferramentas é sistematicamente maior para pessoas negras, sobretudo mulheres negras.

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A Rede de Observatório da Segurança identificou que 90,5% das prisões feitas através do reconhecimento facial foram de pessoas negras. No Rio, no fim de 2019, uma mulher negra foi detida por engano, em Copacabana, depois de ter sido confundida pelo sistema de reconhecimento facial da Polícia Militar.

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Os policiais acreditavam estar prendendo uma foragida da Justiça, acusada de homicídio e ocultação de cadáver. As câmeras de reconhecimento facial instaladas em Copacabana alertaram os policiais do 19º BPM (Copacabana). Na delegacia, a mulher teve a identidade checada e foi liberada pelos policiais.

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