Pista Cláudio Coutinho e trilha do Morro da Urca ganham melhorias
Repaginados, os destinos atraentes para turistas e locais ficam mais seguros e agradáveis para um passeio
Sob o cerco de tamoios e franceses hostis, os fundadores da cidade improvisaram as primeiras cabanas, protegidas por providencial paliçada, em um pedaço de praia entre o Morro Cara de Cão e o Pão de Açúcar. A vila cresceu bastante nesses 451 anos, mas, ali perto de onde tudo começou, ainda preserva um bocadinho de sua natureza original. A agradável sensação de circular em meio a montanha, mar e um resto da Mata Atlântica, como nos primórdios do Rio, é um dos prazeres proporcionados a quem passeia pela Pista Cláudio Coutinho, na Urca. A boa-nova: o caminho à beira-mar, com seus 1 250 metros de extensão, foi reformado, assim como a concorrida trilha que leva de lá ao topo do Morro da Urca. As obras, patrocinadas pela Companhia Caminho Aéreo Pão de Açúcar, administradora do vizinho bondinho, resultaram na instalação de bancos, além da recuperação das escadarias da trilha, da sinalização geral e da colocação de guarda-corpos ao longo dos dois percursos. A subida do morro, íngreme, rodeada de verde, tem 900 metros e dificuldade moderada — costuma ser concluída em aproximadamente cinquenta minutos por cerca de 2 000 pessoas a cada fim de semana de tempo bom. Quase lá no alto, o visitante agora encontra um belo mirante, ideal para admirar a paisagem da Baía e recuperar o fôlego. Batizada em homenagem ao ex-técnico de futebol Cláudio Coutinho (1939-1981), a pista, antigo Caminho do Bem-Te-Vi, foi inaugurada em 1982 e é aberta ao público todos os dias, das 6 às 18 horas.