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PF apreendeu computador da Abin em operação em que Carlos Bolsonaro é alvo

Vereador é suspeito de receber dados da chamada “Abin paralela”; agentes cumprem busca e apreensão na casa da família, em Angra, onde estava ex-presidente

Por Da Redação
29 jan 2024, 15h39

Agentes da Polícia Federal encontraram e apreenderam um computador da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) na operação que tem como alvo o vereador do Rio, Carlos Bolsonaro, na manhã desta segunda (29), deflagrada no Rio de Janeiro, na Bahia, em Goiás, e no Distrito Federal. O filho do ex-presidente é investigado por indícios de um esquema de espionagem ilegal na Abin durante o governo do pai, Jair Bolsonaro, suspeito de ter sido um dos destinatários das informações levantadas de forma clandestina. Também são alvos de busca e apreensão Luciana Paula Garcia da Silva Almeida, assessora do gabinete de Carlos; Priscila Pereira e Silva, assessora do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor-geral da Abin; e Giancarlo Gomes Rodrigues, militar do Exército que estava cedido para a Abin na gestão de Ramagem. O computador do patrimônio da Abin estaria com Giancarlo. Também foram apreendidos celulares e documentos.

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Além de incursões na residência e no gabinete do filho chamado de 02 do ex-presidente, os policiais federais também fizeram uma operação de busca e apreensão em uma casa em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, onde Jair Bolsonaro realizou uma live nas redes sociais no domingo (28). Ele e os filhos estavam no local durante a manhã desta segunda (29). Ao todo, são cumpridos nove mandados de busca e apreensão: cinco no Rio, um em Brasília, um em Formosa (GO), um em Salvador e um em Angra. Ninguém foi alvo de mandado de prisão. A suspeita é que Luciana pedia informações em nome do vereador para Ramagem, via Priscila. Giancarlo operava a ferramenta israelense usada para investigações.

Em nota, a PF informou que busca “avançar no núcleo político, identificando os principais destinatários e beneficiários das informações produzidas ilegalmente no âmbito da Abin, por meio de ações clandestinas”. Ainda de acordo com a corporação, o grupo usou “técnicas de investigação próprias das polícias judiciárias, sem, contudo, qualquer controle judicial ou do Ministério Público”. Segundo a Polícia Federal, os investigados podem responder pelos crimes de invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.

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A operação desta segunda (29) é uma continuidade da ocorrida na última quinta (25), quando Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin, foi alvo de buscas. Os mandados foram expedidos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moares. Segundo a decisão, Ramagem usou o órgão para fazer espionagem ilegal a favor da família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A Polícia Federal suspeita que, sob o mandato de Bolsonaro, a Abin atuou como um braço de coleta de informações ilegais, sem autorização judicial, e também como fonte de informações falsas, depois disseminadas por perfis de extrema direita para difamar instituições e autoridades. A Abin também teria sido acionada para blindar filhos do ex-presidente Bolsonaro de investigações da própria Polícia Federal. Os investigados ainda não se manifestaram.

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