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Pezão balança, acuado por desventuras em série

Entre elas a crise financeira do estado, o temor de um surto de violência e a cassação de seu mandato pelo TRE

Por Pedro Tinoco
Atualizado em 11 fev 2017, 00h10 - Publicado em 11 fev 2017, 00h10

Não está fácil para ninguém, gritam as manchetes. Para Luiz Fernando Pezão tampouco. Nos últimos tempos, o governador enfrentou dois grandes reveses. Um foi a grave doença que o afastou do cargo por sete meses, em 2016. Outro, a falência do estado, provocada pela combinação fatal de crise de conjuntura com a ruinosa administração do seu partido, o PMDB — comandada por ele, a propósito, desde abril de 2014. Na quarta (8), a coisa se complicou ainda mais. A explosão de violência no vizinho Espírito Santo, após a paralisação da Polícia Militar de lá, inspirou o temor, devidamente alimentado pelas redes sociais, de que a corporação fluminense pudesse aderir ao movimento. Mesmo repelida como boato por fontes oficiais, essa informação, senha para o caos no Rio, levou Pezão a uma reunião com integrantes do comando da PM. Após o encontro, abr­iu-se a caixa de bondades: foi anunciado o pagamento de janeiro de servidores ativos, inativos e pensionistas da área de segurança, além de um reajuste de até 10,22%, resultado de um acordo antigo com a categoria. Não houve tempo, nem clima, para comemoração. Logo depois, na mesma quarta-feira, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio de Janeiro cassou a chapa de Pezão, 61 anos, e seu vice, Francisco Dornelles, 82, por abuso de poder econômico e político. Os desembargadores decidiram, por apertados 3 votos a 2, a favor de denúncia oferecida em 2014 pelo deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL). Nela, são apontadas irregularidades como acertos com gráficas-fantasma e benesses do governo oferecidas a empresas, em troca de apoio financeiro na eleição. “Restou comprovado que contratos administrativos milionários foram celebrados em troca de doação de campanha”, declarou, em seu voto, o desembargador eleitoral Marco Couto. A decisão, que prevê o afastamento e a inelegibilidade da dupla por oito anos, além da convocação de eleições diretas, só terá efeito após trânsito em julgado, ou seja, ao fim de uma longa novela que inclui recursos a tribunais superiores. E agora, Pezão?

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