Perícia encontra ‘gato’ de luz em fábrica de fantasias que pegou fogo
Investigadores querem saber se ligações clandestinas de energia provocaram incêndio que feriu 21 pessoas e queimou alas de 3 escolas da Série Ouro

A Polícia Civil encontrou “gatos” de energia na fábrica de fantasias Maximus, que pegou fogo na manhã desta quarta (12), deixando 21 feridos e destruindo alas de três escolas da Série Ouro. As máquinas usadas pelas aderecistas usavam ligações clandestinas para funcionar, segundo a perícia realizada no local. Agora, os investigadores querem saber se esta foi a causa do incêndio. O Ministério Público do Trabalho também abriu investigação para apurar as condições de trabalho dos funcionários. Segundo o Corpo de Bombeiros, a Maximus estava com documentação irregular. O imóvel foi interditado pela Polícia Civil no fim da tarde de quarta (12), após técnicos da Defesa Civil identificarem risco de desabamento de parte do teto.
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A polícia vai ouvir os donos da fábrica e funcionários. Segundo alguns deles, a confecção funcionava 24 horas por dia, em turnos, para atender à demanda a poucos dias dos desfiles. Alguns chegavam a dormir nos ateliês. A fábrica é a principal fornecedora de fantasias para escolas de samba da Série Ouro e da Intendente Magalhães. O Império Serrano, a Unidos de Bangu e a Unidos da Ponte informaram que toda a sua produção estava no galpão.

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Os bombeiros foram acionados às 7h39 para o combate ao incêndio na sede da Maximus, que fica na Rua Roberto Silva 145, e Ramos. Treze unidades operacionais foram mobilizadas. Pelo menos 21 pessoas se feriram, algumas em estado grave, a maioria por queimaduras nas vias aéreas pela inalação de fumaça.