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Pedro Rizzo fundou um centro de treinamento de lutas para jovens carentes

O projeto social foi intitulado de Usina de Campeões

Por Heloiza Gomes
Atualizado em 5 dez 2016, 10h54 - Publicado em 26 nov 2016, 00h00

O lutador de MMA Pedro Rizzo sempre teve um sonho: devolver ao esporte tudo o que ganhou dele. E a oportunidade surgiu em 2010, quando conseguiu patrocínio da Refinaria de Manguinhos para montar o projeto social Usina de Campeões, um centro de treinamento para jovens carentes. Mas teve de fechar as portas dois anos depois. O campeão, no entanto, não se conformou. Lutou — dessa vez fora do octógono — e, no mês passado, reinaugurou o espaço para 300 alunos, localizado em Manguinhos, numa área cedida pela refinaria, que voltou a patrocinar a iniciativa. “Já estamos com 120 alunos, entre 7 e 17 anos. No próximo ano, pretendo ampliar o projeto e estendê-lo a jovens até os 20 anos”, adianta. Entre as modalidades estão aulas de muay thai, judô, luta olímpica, jiu-jítsu e capoeira, duas vezes por semana.

” A luta é uma das coisas mais democráticas que existem.  No octógono e no tatame, todo mundo é igual: branco, preto, pobre ou rico”

Rizzo bate ponto no local diariamente, das 8 às 17 horas, e está sempre de olho em tudo. “Tomo conta até das notas das crianças. Elas só podem treinar se estiveram bem na escola; quando as notas estão vermelhas, mando-as para casa. Digo que só quero atletas inteligentes. É uma maneira de motivá-las a fazer esporte e estudar, e não ficar paradas em casa. Como diz o ditado: cabeça vazia, oficina do diabo. E a criança é como um CD virgem: o que gravar leva para a vida toda”, diz o lutador, que ainda vai à casa dos aprendizes quando percebe alguma mudança no comportamento deles. “É uma realidade muito dura, de extrema miséria. Há casas de papelão, crianças mordidas por ratos”, conta ele, que usa a fama para conseguir doação de equipamentos e quimonos junto a fornecedores. Rizzo não espera que da usina saia nenhum campeão mundial, mas tem a certeza de que pode ajudar a mudar a realidade dos jovens, em sua maioria do Complexo da Maré. “Para lutar, não é preciso muito, só um short. Então, em qualquer garagem ou praça eles podem dar aula no futuro. Já não morrem de fome”, acredita Rizzo, que chama atenção para o fato de o esporte desenvolver a disciplina e quebrar barreiras. “A luta é uma das coisas mais democráticas que existem. No  octógono e no tatame, todo mundo é igual: branco, preto, pobre, rico… Todos descalços, precisando de outra pessoa”.

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