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“Meu pavor é a estação Gávea do metrô desabar” dispara Cláudio Castro

Governador diz que culpa para eventual desastre seria do TJ, MP e TCE, mas não há estudos apontando risco iminente

Por Da Redação
12 dez 2023, 14h34

O governador Cláudio Castro disse temer o desabamento da estação do metrô na Gávea, inacabada e alagada por precaução, apesar de estudos apontarem não haver este risco iminente. Em um almoço com os jornalistas nesta segunda (11), Castro lembrou do acidente no metrô de São Paulo em 2022, quando uma cratera se abriu na Marginal Tietê durante as obras do modal. E fez críticas aos órgãos de controle ao dizer que ainda tentou licitar as obras no local por duas vezes e que busca fazer um acordo para retomar as intervenções.

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“Meu pavor aquela água embaixo da PUC. Se cair, a culpa é de vocês, Tribunal de Justiça (TJ), Ministério Público (MP) e Tribunal de Contas do Estado (TCE). O Estado já tentou licitar duas vezes. E estou tentando fazer acordo. Porque se aquele troço cai, vai matar gente ali, e estou muito preocupado. Para o processo jurídico aqui, joga a briga para lá. Mas não indexa isso à vida de milhares de pessoas. O processo judicial não é mais importante do que a vida das pessoas. Se tiver que perder dinheiro, perde, cobra depois. Já tem exemplos graves“, criticou o governador.

O governo do estado e a concessionária MetrôRio firmaram recentemente um acordo que abre
caminho para a retomada das obras da estação da Gávea, paralisadas desde 2015. Em troca do investimento de até R$ 600 milhões no projeto, o tempo de concessão seria ampliado em dez anos (até 2048). Além disso, a empresa — que já controla as linhas 1 (Tijuca-Ipanema) e 2 (Pavuna-Estácio) — passaria a administrar a Linha 4 (Ipanema-Barra). A assinatura do documento, no entanto, não coloca o projeto nos trilhos imediatamente. Isso porque as bases dessa negociação terão que ser aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e homologado pela Justiça, com a intermediação do Ministério Público (MP) do estado.

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A intervenção do MP é necessária porque há ações na Justiça que apuram um suposto superfaturamento na implantação da Linha 4, que custou R$ 9 bilhões. O TCE estimou que houve um sobrepreço de R$ 3,7 bilhões e exige que o estado seja ressarcido pelo consórcio responsável pela construção. A partir do momento em que um acordo for fechado de fato, serão necessários três anos de obra até a estação ser aberta ao público.

O Ministério Público do Rio afirma, em nota, que a “4ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa da Cidadania da Capital está a frente de uma tentativa de solução adequada da obra integral da Linha 4 do Metrô e vem cobrando há mais de um ano do Governo do Estado uma posição final, sólida, no sentido da conclusão da obra e solução das divergências com as concessionárias, para que a população possa ser atendida”. O TCE diz que tem mantido entendimentos com a Procuradoria Geral do Estado (PGE) para viabilizar o término das obras na Gávea. Já as empresas não se manifestaram sobre o acordo.

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Para terminar a construção da estação é preciso esvaziar o esqueleto da obra. A estrutura está inundada desde 2017, uma estratégia para tentar evitar o desmoronamento das paredes. Isso deve demorar de três a quatro meses. Uma das preocupações é com a integridade dos prédios do entorno. O espaço é constantemente monitorado para verificar se não houve movimentação do solo que abale prédios vizinhos, inclusive alguns da PUC.

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